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Fernando Santos: “Nunca chamei um jogador para fazer número”

Fernando Santos selecionador nacional

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com a Espanha, a contar para a Liga das Nações, Fernando Santos garante que o facto de bastar um empate para Portugal chegar à final four não irá mudar a forma de jogar da Seleção Nacional.

“À terceira é de vez. Não muda nada. Vivemos sempre neste andar… há três dias tínhamos de ganhar os dois jogos porque a Espanha ia ganhar. Mas isto é normal. Eu pedi foco. O que quero é que os jogadores se foquem para lutarmos pela vitória. Se nos focarmos bem, perante qualquer adversário, com mais ou menos nome, estamos mais perto de chegar onde queremos. Quando nos focamos menos em nós próprio, não no egocentrismo, achando que nós é que somos bons, mas sim com humildade, de saber que o que temos de fazer, estamos mais perto de vencer. Não tanto na questão do resultado. O jogo depois o dirá. Em qualquer jogo é assim. Não vou chegar à palestra e dizer que vamos jogar assim ou assado porque temos dois resultados. Vamos jogar como jogamos sempre“, afirmou.

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O selecionador nacional espera uma Espanha ferida no orgulho após a derrota diante da Suíça.

É igual. Jogam sempre para ganhar. Essa equipa espanhola vem de há muito tempo, é uma equipa que joga para ganhar, o padrão de jogo é o mesmo. Com algumas variantes de um jogador que entra ou sai, pode influenciar, mas em termos de filosofia, de conceitos, a defender e a atacar, a Espanha é sempre igual. Nunca vi a Espanha a jogar de maneira diferente. A Espanha joga desta forma e Portugal tem de jogar sempre da sua forma. A única coisa que se coloca aqui é que a Chéquia jogava com três centrais e três avançados. A Espanha joga num 4-3-3 mais clássico. Temos de entender isto. Mas é neste aspeto. Temos de manter a nossa forma de jogar, evoluir e estarmos cada vez mais focados”, referiu.

Fernando Santos destacou as várias opções de qualidade de que dispõe e garante que todos os jogadores têm a sua confiança.

A confiança nos jogadores mostro quando os convoco. Convoco porque tenho confiança neles. Quer dizer que podem jogar a qualquer momento. A cada jogo vou decidir perante o jogo o que é melhor, se é um jogador mais assim ou assado. Não tem que ver com o que sei da qualidade deles. Se achasse que não tinham qualidade para jogar na seleção haveria algo de errado. Nunca chamei um jogador para fazer número. É como nos clubes. Durante uma época há uns que vão jogar mais e outros menos”, disse.

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O selecionador da equipa das quinas revelou ainda que Cristiano Ronaldo não necessitou de realizar um trabalho específico.

Não. Pausa de dois dias. Não obrigou a nada. Em termos de habitat natural, acho que quando se está no que se sente que é uma missão, todos estão confortáveis. É um ambiente confortável, é como estar em casa. Nesse aspeto não há nada. Percebo a pergunta, mas o que encerra é isto e não mais do que isso. Todos os que cá estão e gostariam de cá estar… Não é no Catar, é aqui mesmo. Os que forem vão-se sentir bem, os que não forem, se calhar vão sentir alguma injustiça. Este é um ciclo que aconteceu muitas vezes. Saíram muitos, entraram outros… O Mário Rui teve um período sem cá vir, mas chegou cá como se estivesse sempre estado cá. Confio nele. É assim. Todos se sentem confortáveis. Somos uma família”, concluiu.

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