A partida de qualificação para o Euro2024 entre a Bulgária e a Hungria, realizada na quinta-feira à noite em Sófia, foi palco de violentos confrontos, resultando em cerca de 60 feridos e várias detenções. O jogo, disputado à porta fechada, não impediu que inúmeros adeptos búlgaros se concentrassem nas imediações do estádio, num protesto que exigia a demissão de Borislav Mihaylov, presidente da Federação Búlgara de Futebol.
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Segundo Stefan Ivanov, responsável adjunto da polícia, entre os feridos contam-se 24 adeptos, dos quais sete foram hospitalizados com traumatismos cranianos, fraturas e irritações devido ao uso de gás pimenta pelas forças de segurança. Nas fileiras policiais, registaram-se 33 feridos, alguns com gravidade.
As autoridades búlgaras, em conferência de imprensa, informaram que 33 pessoas foram detidas e que as buscas continuam no sentido de identificar outros envolvidos nos confrontos. O jogo, considerado de alto risco, terminou com um empate a 2-2, resultado que assegurou à Hungria a qualificação para o Euro2024. A Bulgária, por sua vez, encontra-se na última posição do Grupo G.
A presença massiva de adeptos nas imediações do estádio, apesar do jogo à porta fechada, reflete o descontentamento com a gestão de Borislav Mihaylov, que lidera a Federação há 18 anos. Mihaylov, ex-guarda-redes do Belenenses, é uma figura controversa no futebol búlgaro.
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O primeiro-ministro búlgaro, Nikolay Denkov, comentou os incidentes, criticando a Federação pela situação atual do futebol no país: “Assistimos a cenas de violência horríveis. A federação é a principal responsável pelo declínio do futebol búlgaro, sem qualquer perspetiva de futuro”.
Denkov também anunciou a demissão do ministro-adjunto do interior, Stoyan Temelakiev, devido a falhas na organização de segurança do evento, e exigiu esclarecimentos sobre as acusações de violência por parte das autoridades.
Este episódio em Sófia não é apenas um reflexo das tensões no futebol búlgaro, mas também um sinal preocupante da escalada de violência associada a eventos desportivos. As autoridades búlgaras enfrentam agora o desafio de garantir a segurança em futuros eventos, ao mesmo tempo que lidam com as profundas questões estruturais que afligem o seu futebol.
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