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Conceição: “Gosto até do insulto fácil que vem das bancadas”

Sérgio Conceição em antevisão de um jogo do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Vizela, Sérgio Conceição não revelou se irá utilizar Otávio e deixou enormes elogios aos vizelenses, antevendo dificuldades para o FC Porto.

Há a probabilidade de entrarem 11 jogadores no jogo com o Vizela. Só se ficarem doentes é que não estarão 11. Faz parte do meu trabalho analisar quem está melhor para entrar no jogo. O Vizela tem mais um ano de experiência de trabalho junto. O Álvaro Pacheco fez um trabalho fabuloso com aqueles grupo nos últimos anos. Trata-se de um jogo difícil, cabe-nos ter as despesas do jogo para conquistarmos os 3 pontos nesta maratona que é o campeonato”, afirmou.

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Conhecemos o Vizela, é uma equipa agressiva sem bola. Tem um 1x4x3x3 (porque o guarda-redes também joga), muito similar ao que era o ano passado. Analisámos tudo o que este Vizela fez na pré-época, sempre com o respeito que o adversário nos merece. Ganhou este jogo oficial, em Vila do Conde, um campo difícil“, acrescentou

Conceição foi convidado a explicar a influência de Otávio no FC Porto e se torna a equipa mais forte. O treinador dos azuis e brancos falou também sobre a adaptação de David Carmo.

Os jogadores são diferentes uns dos outros, a origem deles é diferente. O que me deixa satisfeito é sempre o que eles me dão diariamente, a seriedade no trabalho, a dedicação, o trabalharem sempre no limite para que eu possa ter dores de cabeça ao fim de semana ou à quarta-feira. Esse é o meu trabalho, escolher o melhor onze, os jogadores que penso que amanhã estarão melhor, percebendo que depois teremos mais reforços no banco que nos podem ir ajudando, dependendo do que o jogo nos der. Estou aqui há 5 anos e penso que em todos os anos o grupo é bom, a dedicação deles é grande diariamente. Seja o Otávio, que é um excelente jogador como todos reconhecem, seja o David Carmo ou o Veron. Importante é ter esse estado de espírito diariamente, depois cabe-me a mim escolher. Alguns precisam de um período de adaptação maior, outros vêm do nosso campeonato e percebem o que é ser Porto. Depois escolho os jogadores que iniciam e os que estão na folha de jogo”, referiu.

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Conceição destacou ainda a paixão dos adeptos do Vizela.

Eu gosto de ir ver jogos dos distritais, pela paixão que os adeptos mostram a ver esses encontros. Mas adeptos apaixonados como tem o Vizela, o Vitória, o FC Porto, acho que é sempre bom para o futebol. É o condimento que tanto falámos em tempo de pandemia. Mas prefiro uma casa cheia de adeptos do FC Porto, como é evidente. Ficámos felizes por ver que os bilhetes esgotaram em Vizela, aqueles que foram destinados ao FC Porto. Gosto de sentir esse fervor das bancadas, até do insulto que me chega de forma fácil. Faz parte, é futebol“, referiu.

O treinador dos dragões explicou ainda as diferenças de um meio-campo a jogar com Vitinha e com Grujic, como tem acontecido.

Acho que são jogadores diferentes, temos de ajustar o nosso modelo, a nossa estrutura, o que queremos para a equipa em termos de dinâmica em função dos jogadores que temos à disposição. É potenciando ao máximo as caraterísticas dos jogadores que formamos um onze forte. O Grujic não tem de ser o Vitinha, o Vitinha faz parte do passado. Na forma como jogávamos, fez uma época extraordinária, mas agora não está o Vitinha e temos outros médios, que também dão coisas positivas ao jogo“, referiu.

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Por último, Conceição pronunciou-se sobre o aumento do tempo útil de jogo.

Tivemos uma reunião com os árbitros aqui e foi boa essa partilha. Eles dão o ponto de vista deles, nós damos o nosso. O tempo útil de jogo… Podíamos falar de várias coisas, todos temos de contribuir. O tempo perdido pelo VAR é menor do que as substituições, a reposição de bola do guarda-redes, as lesões dos guarda-redes… Há muitas situações que todos podemos melhorar. Mas também acredito que há equipas que vêm ao Dragão e que têm a sua estratégia, também já estive do outro lado, nunca queimei tempo dessa forma, mas há outros intervenientes do jogo que não pensam assim. Mas isso, todos os intervenientes no jogo, incluindo o árbitro e os seus assistentes, todos devem melhorar. Somos os últimos na Europa toda nesse aspeto. Foram faladas outras situações importantes, como as confusões nos bancos. É importante que se fale e que se dê um passo em frente”, concluiu.

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