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“Candidato às eleições do Sporting em 2026? Não afasto essa possibilidade”

Adeptos do Sporting exibem bandeira do clube

Nuno Correia da Silva, antigo administrador da SAD do Sporting, não descarta uma eventual candidatura à presidência leonina nas eleições de 2026.

Não é só uma questão de admitir tenho essa vontade. Não escondo. O Sporting tem um potencial fantástico. Candidato em 2026? Não afasto essa possibilidade. O Sporting é uma paixão. Já é um dos maiores mas ainda tem muito para crescer. Se vou ser oposição ou aparecer no momento certo? Eu não sei ser oposição, é demonstração de fraqueza. Se me perguntar se quero ser alternativa, sim. O Sporting tem de ter uma dimensão europeia. Não concordo que o presidente do clube diga que o Sporting é um clube vendedor. Não concordo, e aliás disse-o ao presidente Frederico Varandas. Porque hoje nós temos oportunidade de criar valor em múltiplas plataformas. O objetivo do Sporting é ter resultados desportivos, não é vender jogadores“, afirmou em entrevista ao diário desportivo Record.

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Recorde-se que Nuno Correia da Silva foi nomeado pela Holdimo para o cargo de administrador dos leões. Neste sentido, aproveitou para garantir que os 20 milhões de euros investidos pela Holdimo no Sporting foram escrutinados pela CMVM.

O que eu quero dizer é que o Sporting não é a tasca da esquina. Não entra dinheiro por baixo da porta. A entrada de capital foi escrutinada pela entidade competente, que é a CMVM. E não só foi escrutinada na altura como, salvo erro em 2015, há dois deputados, Duarte Marques e Ana Gomes, que pedem à CMVM para averiguar a proveniência dos capitais que entraram no Sporting. E a CMVM volta a fazer uma investigação e volta a fazer um relatório”, referiu.

Nunca conhecemos que a CMVM tivesse identificado alguma irregularidade. Que é a entidade competente. Que é a entidade que tem meios e obrigação de aferir a proveniência dos capitais. É que esta ideia de que o dinheiro entrou por baixo ou saiu de uma conta que não se sabe de onde, não cola com os mecanismos a que o próprio processo obriga. Para entrar, a CMVM tem de o permitir. A CMVM interveio por duas vezes. Portanto, eu sobre esse tema nunca tive nenhum desconforto”, acrescentou.

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O antigo dirigente leonino falou ainda sobre a gestão do caso Slimani.

O Slimani não foi escolhido pelo treinador, foi proposto ao treinador, mas não teria vindo contra a sua vontade. Em termos desportivos, creio que o Sporting perdeu uma oportunidade, mas percebo o treinador. A sua regra de ouro é a coesão do grupo, nenhum jogador vale mais do que o todo. Ninguém tem lugar garantido, em cada dia o jogador tem de tentar ganhar a titularidade. Não divide a equipa em jogadores titulares e jogadores de banco”, atirou.

Creio que o Slimani não percebeu as novas regras, foi uma pena não ter tido mais tempo para se adaptar e é um caso que deve fazer o Sporting melhorar o acompanhamento aos jogadores. Desportivamente, perdemos um bom jogador, mas manteve-se a fórmula que privilegia o todo, a equipa. Financeiramente, não foi uma operação bem sucedida, mas faz parte da dinâmica do futebol e é perfeitamente acomodada nos resultados que obtivemos”, concluiu.

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