Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Benfica, a contar para a 1a mão da Taça de Portugal, Rúben Amorim antevê dificuldades para o Sporting mas discorda da ideia de que não seja o momento ideal para receber os encarnados, face aos recentes resultados.
“É o adversário que temos. Acho que era um pior momento no ano passado, no dérbi, e isso não ficou demonstrado no jogo. Jogámos muito bem. Neste momento, tivemos dois empates quanto a mim diferentes. Com o Young Boys devíamos ter goleado, com o Rio Ave não fizemos o que devíamos ter feito, mesmo num campo difícil e num relvado com problemas. Devíamos ter jogado melhor. Cada jogo tem a sua história. Vai ser uma eliminatória a duas mãos, temos de ser muito inteligentes. Queremos ganhar e dominar o jogo, sabendo que do outro lado está um adversário com jogadores de muita qualidade, que são campeões nacionais e estão em 1.º. Estamos claramente preparados”, afirmou.
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Questionado sobre se a sua equipa está preparada para um Benfica em ataque móvel ou com um ‘9’ puro, Amorim considera ser difícil fazer tal previsão. O técnico leonino abordou ainda as situações dos lesionados.
“O Benfica é difícil de prever, não na sua dinâmica, mas depois muda consoante os jogadores. Neres ou João Mário é completamente diferente. Estamos preparados para tudo. Temos de perceber a dinâmica. Se o Rafa jogar a avançado, a velocidade é diferente, as caraterísticas mudam. Temos uma forma de defender que não passa tanto pela marcação homem a homem, temos de perceber o jogador que apanhamos à frente. Jogar Aursnes ou Morato nas laterais, muda completamente a forma de defender. Sabemos como vamos encaixar na pressão, mas o que vai acontecer no jogo não sabemos. Consoante os jogadores, o jogo torna-se completamente diferente. Trincão e Inácio estão fora do jogo. Trincão é uma coisa diária, Inácio teve uma pequena lesão. Paulinho estava a fazer trabalho ontem com o fisioterapeuta, hoje disse que se sentia bem e eu vou levá-lo. Mesmo que esteja limitado a nível de minutos, ajuda-nos a ser mais fortes mesmo no banco”, referiu.
“O que espero é sempre um Benfica forte. Vai variando, mais do que no ano passado, os seus jogadores. Vão mudando as caraterísticas consoante o que querem para o jogo. Têm jogadores que podem resolver a qualquer momento. Temos de, consoante o onze deles, ir adaptando a nossa forma de defender. Vamos atacar da mesma forma, vamos querer ter a bola, e o que imagino é isso. Um jogo difícil, independentemente de quando o Benfica joga. Prevejo um jogo normal, um dérbi, um jogo que pode decidir uma competição. É um jogo muito importante para levar um bom resultado para a 2.ª mão”, acrescentou.
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Amorim foi questionado sobre o impacto que este derbi poderá ter no que resta da temporada do Sporting e se a pressão é maior face aos recentes resultados.
“Acho que acontece em todos os jogos. Falando então de um dérbi… Há sempre esse impacto psicológico que pode mudar no jogo logo a seguir, se perdermos pontos num jogo que todos pensam que vamos ganhar. Sempre que há um dérbi, principalmente numa competição a decidir, isso sente-se. O que temos é de desconstruir os empates. Contra o Young Boys, fechámos a eliminatória. Como foi o jogo? Dominámos, algo diferente do que fizemos contra o Rio Ave. Vamos entrar num drama porque empatámos com o Rio Ave? Não. Mas temos de ter noção que não jogámos bem. É olhar para as coisas objetivamente. Sempre disse que bastava perder um ponto para as coisas se sentirem. Quem for com melhor resultado para a 2.ª mão, vai com mais confiança para o resto da época. Isso vai decidir alguma coisa? Não. Nem a eliminatória, nem o resto do campeonato. As equipas grandes vivem semana a semana. É apenas isso”, disse.
Amorim foi convidado a comentar o abaixamento de forma de Marcus Edwards e os erros individuais dos jogadores do Sporting nos últimos jogos.
“São fases dos jogadores, das épocas e das equipas. O Trincão também era muito criticado e explodiu. O Marcus ficou um bocadinho para trás, mas se olharmos ao pormenor, têm dividido os jogos e até já jogaram juntos com o Pote no banco. Não estou nada preocupado com o Marcus, porque principalmente em jogos grandes tem um impacto muito grande e faz a diferença. Vejo isso com naturalidade. Experiência? Falei nisso no primeiro ano porque éramos completamente inexperientes. Depois, entrámos nas competições europeias mais ou menos com a mesma base. Errámos, temos sofrido golos por erros nossos. Às vezes são azar, e às vezes digo e assumo. Outras vezes, somos nós que o provocamos, ou porque estamos desconcentrados, ou porque temos de dar sempre 100% nas bolas defensivas. Essa cartada da inexperiência não vai entrar aqui. Já somos grandinhos o suficiente para ganhar estes jogos, mas temos de melhorar em certos aspetos do jogo“, considerou.
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Por último, Amorim foi recordado sobre o histórico recente dos leões doante das águias, em que deixaram escapar a vantagem.
“A mensagem é a mesma dos últimos jogos. Às vezes as equipas são melhores que nós, acho que este ano não foi esse o caso. Inácio foi expulso por dois erros da nossa equipa, em duas ações que podíamos ter evitado. O que temos de entender é o jogo a cada momento, perceber que não podemos ficar com menos um jogador. Não podemos estar tranquilos porque o Rafa pode agarrar na bola e disparar. A forma como pressionamos o João Mário não é igual ao Rafa. Se calhar somos a equipa que sofre menos remates, menos ataques, mas temos sofrido mais golos que outras equipas. Mas temos de continuar a marcar golos porque temos feito muitos ultimamente”, concluiu.
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