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Amorim reage ao histórico negativo do Sporting na Alemanha

Rúben Amorim em conferência de imprensa antes do jogo do Sporting na Liga dos Campeões

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Eintracht Frankfurt, a contar para a Liga dos Campeões, Rúben Amorim admitiu que desta vez a preparação foi mais fácil, em virtude do triunfo diante do Estoril.

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O técnico leonino analisou a capacidade da equipa alemã, que na época passada conquistou a Liga Europa.

Foi uma boa semana de trabalho, pois ganhámos e jogámos bem na partida anterior. Fizemos coisas que já tínhamos conseguido noutros jogos mas marcámos golos. Melhorámos defensivamente também mas ainda há coisas por melhorar aqui. O Eintracht tem muita qualidade técnica. Se partirmos o jogo todo de cima a baixo será difícil acompanhar o ritmo, pois a liga alemã tem muito ritmo. Ficámos sem Palhinha e Matheus, jogamos de forma diferente, e temos de ter atenção em não partir o jogo durante muito tempo nos 90 minutos. Têm jogadores de muita qualidade, rápidos, que se tiverem espaço vão criar dificuldades. Fazer um pouco o que fizemos contra o Besiktas, mas entrando de forma diferente. Temos de ter bola no início do jogo”, afirmou.

Amorim está ciente do ambiente que os adeptos do conjunto germânico são capazes de criar. Contudo mantém a confiança num bom desempenho.

Eles vão ser empurrados para a frente, vimos o que os adeptos deles fizeram na época passada. Daí termos de ter bola. Se olharmos peça a peça, o Rode, o Götze… todos têm experiência e nós também temos quem se irá estrear na prova. Queremos começar melhor, ter bola e ir direto ao golo. Não ter receio e fazer o que queremos.

É um dos grandes ambientes da Europa, mas já passámos por isso na Turquia. Quero também relembrar o ambiente que tivemos com o Dortmund em Alvalade. Estamos habituados a grandes jogos e palcos. Lembrar o FC Porto e o Benfica, com grande ambiente e já lá ganhámos. Estamos preparados. É óbvio que um público como este pode empurrar. Mas temos de ter bola e acalmar os ânimos”, referiu.

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Apesar de o histórico do Sporting na Alemanha não ser favorável (13 derrotas e um empate), o treinador dos verde e brancos mantém a confiança num bom resultado.

Cada vez mais os jogadores ligam menos a isso. Há uns que raramente veem jogos, jogam mais PlayStation. Tem menos impacto nos jogos. Não vamos mudar a nossa forma de jogar, pois ao fazer isso já entravamos a perder. Isso tirava confiança. Jogamos sempre da mesma forma, a querer ter a bola, ser dominadores, a defender mais alto ou baixo dependendo das características do adversário. Têm um excelente treinador, relembrámos isso. Fizemos observação dos últimos jogos. Estamos habituados a a jogar com equipas em 4-3-3 e 4-2-3-1. Não vamos mudar nada, estamos preparados para tudo. Vamos tentar levar o jogo para nós e não para eles”, disse.

Sobre o grupo, Amorim não tem dúvidas de que é um grupo equilibrado e que tudo pode acontecer.

A equipa joga melhor, com bola, conseguimos ter mais bola. Perdemos jogadores importantes, que davam capacidade para dividir o jogo e levá-lo para a frente. Não tendo essa construção – o Matheus dava isso -, o Palhinha para o contra-ataque, temos outras coisas: o Ugarte na construção, o Morita é um complemento. A médio ofensivo podemos ter o Pote. Mudámos a forma, mas temos mais variabilidade no jogo. As nossas ambições são jogo a jogo. Sabemos das nossas limitações, nomeadamente na experiência em relação a outros clubes. Mas temos um grupo em que todos podem passar. Isso às vezes é bom, outras mau… O Tottenham, sabemos, é de um mundo diferente. Mas a nossa ambição é vencer o próximo jogo e ver o que acontece”, assegurou.

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Mario Gotze, uma das armas do Eintracht Frankfurt apontada à baliza do Sporting, não merecerá marcação especial.

Não vamos fazer marcação especial, porque ele é tão inteligente que, ao perceber que estava a ser marcado, iria para outras zonas. É um jogador que troca muito com o Kamada. É difícil controlar os movimentos. Não podia dizer para irem sempre atrás dele, porque com isso a equipa ia perder o entendimento do espaço. Onde ele estiver estará pressionado, mas não vamos ter atenção especial”, concluiu.

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