Bruno de Carvalho quebrou o silêncio sobre a polémica em torno de Viktor Gyökeres e deixou uma mensagem clara aos sportinguistas: “Confiem no presidente”.
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O antigo líder leonino, que falava ao Desporto ao Minuto no âmbito de um novo projeto que junta desporto e entretenimento, abordou sem rodeios o conflito entre o jogador sueco, o seu agente e a direção do Sporting, liderada por Frederico Varandas.
“Os clubes não são monstros”
Sobre a crescente tensão gerada pela alegada promessa de venda abaixo da cláusula de rescisão, Bruno de Carvalho sublinhou que os clubes não podem ser tratados como vilões sempre que os jogadores querem sair.
“Quando os jogadores assinam contrato com os clubes, é tudo uma maravilha. Quando querem sair, os clubes já são todos uns monstros que lhes cortam as pernas. Os clubes não são monstros. Foram feitos para resultados desportivos e financeiros. Quando têm jogadores de grande valia é natural que queiram fazer negócio”, afirmou.
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Um recado ao sueco… e ao seu agente
Gyökeres, que assinou uma época de sonho com 54 golos e 13 assistências, viu-se no centro de uma disputa pública entre o seu agente, Hasan Cetinkaya, e o presidente leonino. Bruno de Carvalho não deixou de apontar responsabilidades ao próprio jogador:
“O Gyökeres não falou, mas também não mandou o agente calar-se. Acho que qualquer jogador consegue dar um murro na mesa e mandar o agente ficar calado”, atirou, sugerindo que o sueco poderia ter travado parte da especulação.
Confiança no presidente… mesmo sendo seu crítico
Apesar das divergências públicas com Frederico Varandas, Bruno de Carvalho defendeu que os adeptos devem confiar na liderança em momentos de instabilidade.
“Em última fase, devem acreditar sempre no presidente. Têm de perder essa mania de confiar em toda a gente, menos nos presidentes. Até ser provado o contrário, há que acreditar no presidente. Independentemente de tudo o que Frederico Varandas diz sobre mim, confiem no presidente”, reforçou.
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“Como se descobriu o Gyökeres, descobre-se outro”
Questionado sobre o impacto de uma eventual saída de Gyökeres na luta pelo tricampeonato, o ex-presidente foi taxativo: não há motivos para alarmismo.
“Claro que é um grande jogador. Faz falta a qualquer equipa, senão não havia esta novela toda. Mas não vale a pena sofrer por antecipação. Somos bicampeões, estamos bem. Assim como se descobriu o Gyökeres, que ninguém sabia quem era, se calhar vem um Gyökeres 2. Temos de ter calma”, concluiu.
Gyökeres, recorde-se, tem contrato até 2028 e uma cláusula de rescisão fixada nos 100 milhões de euros. O Arsenal foi o clube que mais se aproximou da fasquia exigida, com uma oferta de 55 milhões de euros mais 10 por objectivos — recusada liminarmente por Frederico Varandas. O avançado sueco, actualmente de férias, prometeu falar “no momento certo”.
