O julgamento da Operação Pretoriano continua a expor episódios marcantes do universo interno do FC Porto.
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Esta segunda-feira, um sócio do clube prestou depoimento no Tribunal de São João Novo, no Porto, acusando diretamente Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, de ter criado um ambiente de intimidação durante a última Assembleia Geral.
“Andava com um grupo de dez pessoas e aproximava-se de quem falava. Intimidavam”, afirmou o associado, identificado apenas como Jorge Oliveira.
A queixa surge no âmbito do processo que envolve suspeitas de coação, ameaças e perturbação à liberdade de voto durante a última reunião magna do clube, onde esteve em discussão o orçamento da direção liderada por Pinto da Costa.
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🧨 Clima de medo e silêncios forçados
O testemunho descreveu um cenário de tensão e constrangimento, em que vários sócios optaram por não se manifestar por receio das represálias.
“Quando fui falar ao pódio, olharam para mim e foi intimidador. Houve pessoas que se calaram com medo”, acrescentou o depoente.
Esta acusação junta-se a outras já prestadas no âmbito da operação que poderá vir a ter impacto direto nas eleições do clube.
👤 Madureira entre os 12 arguidos
Fernando Madureira é um dos 12 arguidos neste processo, que envolve ainda elementos ligados à claque, dirigentes e seguranças do clube.
Recorde-se que o Ministério Público acusa o grupo de tentar manipular o ambiente da AG com o objetivo de condicionar decisões e influenciar resultados.
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A defesa de Madureira já negou todas as acusações, considerando que se trata de uma tentativa de “linchamento mediático”.
⚖️ Processo segue em tribunal
O julgamento vai continuar nas próximas semanas com mais testemunhos de associados. Este processo poderá vir a ter consequências profundas na estrutura e imagem institucional do FC Porto, numa altura já marcada por forte instabilidade política e desportiva no clube.
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