Um novo livro, Capitão de Abril – André Villas-Boas e a Revolução Inacabada, da autoria de Octávio Lousada Oliveira, traz a público episódios até agora pouco conhecidos sobre os últimos anos da presidência de Pinto da Costa e a transição de poder para André Villas-Boas, em 2024.
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Do empréstimo de 3,5 milhões de euros em 2018 com casas pessoais como garantia, às eleições em que o “presidente dos presidentes” percebeu que ia perder, passando pela saída polémica de Sérgio Conceição, o livro revela bastidores marcantes de um período conturbado no FC Porto.
O autor conta que, em março de 2018, o FC Porto esteve à beira do incumprimento com a UEFA e só evitou sanções porque Pinto da Costa e Pedro Pinho colocaram as suas casas como garantia para um empréstimo urgente no Banco Carregosa. Já em 2024, Villas-Boas emprestou meio milhão de euros à SAD de “coração aberto”, gesto que dividiu apoiantes entre demonstração de amor ou exibicionismo.
A obra detalha ainda as eleições de 2024, em que sondagens internas mostravam Villas-Boas com até 70% das intenções de voto, situação que o próprio Pinto da Costa reconheceu como inevitável. A transição, contudo, foi difícil, com a administração da SAD a resistir até ao limite legal.
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Outro capítulo marcante é a saída de Sérgio Conceição, descrita como um “divórcio inevitável” depois de Villas-Boas ter admitido que o adjunto Vítor Bruno poderia suceder-lhe no banco. O episódio deixou o treinador em choque e agravou a rutura.
Além disso, o livro revela curiosidades como a recusa de Pinto da Costa em contratar Marco Silva em 2017, por este ter pedido uma semana para decidir, e a venda de Galeno ao Braga em 2019, por apenas 3,5 milhões de euros, para permitir a inscrição de Matheus Uribe, com cláusula de recompra ativada em 2022.
Capitão de Abril mostra também que Villas-Boas já em 2019, ao assinar pelo Marselha, tinha definido 2024 como o ano para se candidatar à presidência dos dragões, confirmando que a “cadeira de sonho” sempre foi mais do que uma metáfora.
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