Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto, utilizou as redes sociais para expressar críticas à atual gestão de André Villas-Boas.
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Aproveitando a data simbólica do 25 de Abril, Marques lamentou o papel secundário que o clube tem desempenhado na presente temporada, afirmando que, sob a liderança de Villas-Boas, o FC Porto voltou a ser um “figurante” no futebol nacional, com Benfica e Sporting a disputarem todos os títulos.
"Em apenas um ano de gestão de André Villas-Boas voltamos ao antes do 25 de Abril, com Benfica e Sporting a disputaram todos os títulos do futebol nacional e o FC Porto remetido para o papel de figurante. Há 51 anos que não acontecia, a grande maioria dos portistas nem sequer eram vivos, mas não deixa de impressionar que tão depressa se tenha destruído o que tanto custou a construir".
Apelo ao regresso da exigência
Marques destacou a necessidade de recuperar a exigência e o foco na vertente desportiva que caracterizaram a era de Pinto da Costa, que liderou o clube durante 42 anos. Criticou ainda a escolha de seguir “meia dúzia de lucky fans”, em detrimento de uma abordagem mais abrangente e inclusiva, e lamentou que se esteja a denegrir quem colocou o FC Porto entre os gigantes do futebol europeu.
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"Escolhemos o caminho de meia dúzia de lucky fans, selecionados por critérios ad-hoc, quando éramos todos, sem distinções, muitas vezes verdadeiros lucky fans. Este século, nas competições europeias, só Real Madrid, Sevilha, Barcelona, Chelsea e Bayern Munique fizeram mais do que nós. E quando devíamos estar todos a falar destas grandes proezas que o país tenta esconder preferimos entrar no jogo deles e entregar-lhes de mão beijada tudo. Preferimos andar a denegrir quem nos colocou entre os gigantes, ao mesmo tempo que escondemos as proezas e se prefere falar dos 18 pontos para o primeiro classificado na época passada, como se fosse habitual e como se este ano estivéssemos a fazer melhor (no campeonato exatamente igual, no resto muitíssimo pior)".
"Pobres portistas que preferem lembrar as más campanhas, que até foram raras, em vez de destacar as grandes conquistas, que foram tantas. Tudo para defenderem um governo que nos está a pôr na lama e para não darem o braço a torcer. Isso é ser Porto? Não, não é. Peço muita desculpa, mas isso é continuar a contribuir para a desgraça. Mais uma vez, Jorge Nuno Pinto da Costa tinha razão: 'Quem mudar para quê? Querem deixar de ganhar?".
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Contexto atual do clube
O FC Porto enfrenta uma temporada difícil, marcada por problemas disciplinares no plantel e uma série de lesões que têm afetado o desempenho da equipa. A gestão de Villas-Boas tem sido alvo de críticas, com alguns adeptos a questionarem as decisões tomadas e a direção que o clube está a seguir.