À partida do Sporting para Itália onde vai defrontar o Nápoles em jogo referente à Liga dos Campeões, Frederico Varandas abordou a polémica dos comunicados do Benfica contra a arbitragem.
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O presidente leonino diz que se trata de uma estratégia usada pelos encarnados e pelo FC Porto para condicionar. Varandas lembrou também que foi castigado na época passada por, nas suas palavras, criticar este tipo de comunicação contra os rivais, enquanto ao Benfica nada acontece.
"Há uma coisa importante de falar aqui. Falámos das arbitragens. Vamos falar dos comunicados. No ano passado eu fui criticado porque num momento decisivo falei de arbitragem. Mas é que eu não falei de arbitragem, eu critiquei uma comunicação tóxica e ruidosa que os nossos rivais fazem. Benfica faz e continua a fazer, o FC Porto agora não faz porque está em primeiro, mas lembro-me como foi o ano passado. Eu critiquei essas comunicações que na minha opinião condicionam a arbitragem. Levei 60 e tal dias. O Benfica faz um comunicado a seguir à final da Taça de Portugal, que parecia que tinha rebentado a Terceira Guerra Mundial. A seguir faz um novo comunicado antes da Supertaça a criticar o árbitro Fábio Veríssimo. Final essa que perdemos e dei os parabéns ao árbitro. Por cada comunicado destes o Conselho de Disciplina é 1000 euros, 1800 euros. Eu comentei uma comunicação que é tóxica para os árbitros e levo 61 dias", afirmou.
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O líder verde e branco lembra ainda as palavras de Rui Costa e André Villas-Boas que, no seu entender, reconheceram que anteriormente os seus clubes não se pautavam pela ética e transparência no que toca à arbitragem.
"O Sporting domina o futebol português. Domina sim, por mérito dentro de campo. Curiosamente vi agora um espetáculo imperdível na campanha eleitoral do Benfica onde vi o ex-presidente e candidato Luís Filipe Vieira, que disse, e parecia que tinha dado notícia sobre a previsão do tempo para a semana. Que o futebol português era assim: eu e e o sr. Pinto da Costa sentávamo-nos e decidíamos o futebol português. Quem era o presidente da Liga, quem ia ser o presidente do Conselho de Arbitragem. Ficou tudo calado, acharam normal, eu não acho, o Sporting não acha normal. Foram 40 anos de futebol. Quando veem que o Sporting luta por futebol independente, íntegro, onde o presidente do Sporting não escolhe árbitros... Eu fico a saber o árbitro no dia do jogo, digo pela saúde do meus filhos. Entendemos que o futebol deve ser assim. O problema é que estes senhores estavam habituados a ser assim. Não é o presidente do Sporting que diz isto. O atual presidente do Benfica disse esta frase: "devolvi a credibilidade ao Benfica". Desportiva? Não. O Benfica nos últimos 10 teve sucesso desportivo. Financeira? Não. O Benfica sempre teve bons resultados financeiros, é uma boa máquina a nível financeira. O que quis dizer foi que retomámos à ética, às boas práticas. Assisti ao atual presidente do FC Porto a dizer que "tem de acabar o clima do medo, o FC Porto precisa de um novo ciclo, de um futuro com bons princípios com ética e transparência". Não é o presidente do Sporting que diz que havia falta de ética e transparência. São os atuais presidentes que o dizem. O presidente do Sporting lidera um clube que é bicampeão por mérito e vai lutar pelo tricampeonato por mérito", concluiu.
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