Na véspera do primeiro grande jogo da época em Portugal, Rui Borges manteve o discurso sereno e determinado.
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O treinador do Sporting fez esta quarta-feira a antevisão ao duelo frente ao Benfica, na Supertaça Cândido de Oliveira, e mostrou-se confiante num bom espetáculo, recusando alimentar polémicas e assumindo o foco total no trabalho da sua equipa.
“É bom começar com a disputa de um troféu”, começou por referir o técnico leonino.
“É sinal de que vencemos algo, neste caso dois troféus que queríamos muito. Não pode haver motivação maior do que começar assim. Sabemos que este é um momento de procura de forma, com jogadores a chegarem mais tarde, outros a sair… mas seremos competitivos perante um grande adversário. Espera-se um grande jogo e um grande público”, frisou.
Sobre a questão do favoritismo, Rui Borges foi direto: “São jogos de 50-50. Não somos favoritos. São duas grandes equipas, com grandes jogadores, acredito que será um grande jogo”.
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A dúvida Maxi e a gestão de Suárez
Uma das questões que se coloca à entrada para o clássico prende-se com a utilização de Maxi Araújo, que esteve em dúvida nos últimos dias. Rui Borges confirmou que o lateral-esquerdo continua a ser uma incógnita para o jogo: “Maxi continua em dúvida”.
Quanto ao novo reforço de ataque, Luis Suárez, o treinador explicou que ainda é cedo para o colombiano assumir total protagonismo.
“Chegou há três dias. É um jogador maduro e vai adaptar-se facilmente ao jogo da equipa, mas ainda não tem os comportamentos coletivos integrados. O Harder está mais dentro da ideia e pode ser ele a ocupar a vaga de avançado. Em algum momento, podem jogar os dois. Vai depender do que fizerem no dia-a-dia”, afirmou.
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Comunicado do Benfica? “Não faz sentido”
Confrontado com o recente comunicado do Benfica, Rui Borges recusou alimentar polémicas.
“Nem vou falar sobre isso. Que seja um grande espetáculo, não nos vamos focar em coisas que não fazem sentido”, cortou.
Também sobre os acontecimentos da final da Taça de Portugal, vencida pelo Sporting no prolongamento, Rui Borges preferiu virar a página: “Não vou entrar nesse campo. Passado é passado. O futebol é emoção, mas é apenas um jogo de futebol e temos de saber vivê-lo”.
Plantel equilibrado, mas com margem para crescer
Apesar das várias mudanças, Rui Borges considera que o plantel leonino está equilibrado, ainda que possa haver ajustes. “Tem-se falado de um lateral-direito, lateral-esquerdo e um avançado. É muito por aí. Os internacionais chegaram mais tarde e isso mexe com o dia-a-dia. Mas estamos a adaptar-nos”, explicou.
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Sobre a continuidade de Hjulmand, o técnico foi perentório: “É jogador do clube, tem uma cláusula. Quem o quiser tem de falar com o presidente. Está concentrado, motivado e tem dado o exemplo”.
A saída de Gyökeres e a chegada ao Arsenal
Rui Borges abordou ainda a transferência de Viktor Gyökeres para o Arsenal sem dramatismos: “Nem liguei muito a isso. Estava mais preocupado em começar a treinar. Sabíamos que ele acabaria por sair. Ajudou-me muito, desejo-lhe a maior sorte no futuro”.
Por fim, deixou uma mensagem especial fora das quatro linhas: “Quero deixar um abraço solidário e de muita força a todos os bombeiros do país. Nesta fase difícil, são fundamentais para todos nós”.
O Sporting e o Benfica defrontam-se esta quinta-feira, às 20h45, no Estádio do Algarve. Está em disputa a primeira Supertaça da era Rui Borges… e a décima para leões ou águias.