Sporting e Benfica medem forças esta quinta-feira, às 20h45, no Estádio do Algarve, na final da Supertaça Cândido de Oliveira.
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Para António Simões, antigo internacional português e lenda viva do Benfica, trata-se de um duelo imprevisível, onde o aparente favoritismo leonino pode ser contrariado pela frescura física dos encarnados.
“O Sporting tem mais tempo de treino e mais jogos de preparação. Pode ser vantagem, mas também pode não ser. O Benfica está mais fresco. Não terá nenhum jogo feito a não ser a Eusébio Cup”, explicou o ex-jogador, de 81 anos, em declarações à agência Lusa.
O Benfica arrancou mais tarde a pré-temporada, devido à sua participação no novo Mundial de Clubes, disputado nos EUA, onde foi eliminado nos oitavos de final pelo Chelsea — equipa que acabaria por se sagrar campeã da prova. Para Simões, esse calendário mais aliviado pode até jogar a favor da formação orientada por Bruno Lage.
“O futebol é desmancha-prazeres. Tudo aquilo que parece ter lógica, depois já não tem. Parece que o Sporting tem vantagem, mas…”.
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A ausência de Gyökeres muda tudo
António Simões considera, no entanto, que o maior trunfo do Benfica poderá ser… a ausência de Viktor Gyökeres. O avançado sueco, autor de 54 golos em 52 jogos na última temporada, foi transferido para o Arsenal, deixando um vazio difícil de preencher na frente de ataque leonina.
“A ausência do Gyökeres faz com que o Sporting, mesmo apresentando o mesmo modelo de jogo, não tenha a possibilidade de esticar o jogo como fazia. Quando estavam aflitos, tinham ali uma referência de qualidade. Agora não têm”.
Do lado encarnado, também houve saídas de peso: Carreras rumou ao Real Madrid, Kökçü ao Besiktas e Di María regressou ao Rosario Central. Ainda assim, o plantel foi reforçado com várias contratações, entre as quais o médio colombiano Richard Ríos, que entusiasma particularmente Simões:
“Já vi esse jogador jogar e confesso: tenho uma excelente impressão daquilo que ele é capaz de fazer. É forte com bola e sem bola, a defender e a organizar o ataque”.
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Pressão extra para Lage e Rui Costa
Embora recuse fazer do dérbi da Supertaça um julgamento sobre o futuro do clube, António Simões não ignora o peso simbólico do jogo para a estrutura encarnada, especialmente num ano eleitoral.
“Estes jogos não definem o futuro do Benfica. Definem o futuro de quem está à frente da equipa e do clube”, alertou, lembrando que as eleições para os órgãos sociais do clube estão agendadas para 25 de outubro.
Recorde-se que Sporting e Benfica partilham nove Supertaças conquistadas e quem vencer esta quinta-feira assumirá, isolado, o segundo lugar do palmarés, atrás do FC Porto (24 títulos). Na última final entre ambos nesta competição, em 2019, o Benfica goleou por 5-0 no Estádio Algarve.
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