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Nacional
24/03/25

Operação Pretoriano - Subintendente da PSP: "Imperava o medo”

Dennis da Cruz, subintendente da PSP e responsável pela investigação da Operação Pretoriano, prestou depoimento na 4ª sessão do julgamento do processo Operação Pretoriano.

Dennis da Cruz, subintendente da PSP e responsável pela investigação da Operação Pretoriano, prestou esta segunda-feira depoimento no Tribunal de São João Novo, no Porto, durante a quarta sessão do julgamento que envolve vários elementos ligados à claque dos Super Dragões e antigos funcionários do FC Porto.

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Na sua intervenção, Dennis da Cruz traçou o cenário que, segundo a investigação, reinava nos bastidores do clube portista.

«Recolhemos várias provas, investigámos um conjunto alargado de indivíduos que contribuíam, do nosso ponto de vista, para um status quo onde imperava o medo, onde ninguém podia dizer o que pensava», afirmou. O responsável policial sublinhou que a investigação incidiu sobre “simples adeptos, membros do grupo organizado de adeptos e funcionários do clube”, com base em imagens e outros elementos de prova.

Explicando o nome da operação, revelou: «Fui eu que batizei a operação como Pretoriano, porque visava indivíduos que protegiam a todo custo um determinado regime, os seus proveitos financeiros». Acrescentou ainda que o processo foi complexo devido à influência dos visados, frisando que foi necessário garantir a segurança pessoal de magistrados envolvidos: «Houve pessoas sujeitas a um regime castrador».

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Um dos momentos mais impactantes do testemunho foi a acusação direta a Fernando Madureira e Hugo Carneiro: «Vi com os meus olhos o furto das pulseiras por parte do Hugo Carneiro e do Fernando Madureira», garantiu, referindo-se às imagens de videovigilância recolhidas pelas autoridades, acrescentando ainda: «Também li as mensagens».

Henrique Ramos, conhecido adepto do FC Porto, já havia prestado depoimento durante cerca de 1 hora e 35 minutos. Admitiu ter proferido críticas duras durante a Assembleia Geral de 13 de novembro de 2023, revelando os alvos: «Foi o João Begonha Borges, mas era normal falarmos. Nunca quis fazer parte de qualquer equipa. Eu até tenho uma tatuagem de Jorge Nuno Pinto da Costa. Sempre fui uma pessoa que nunca teve medo de apontar os problemas que existiam. Disse que queria confrontar o Adelino Caldeira e o Fernando Gomes».

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