Pinto da Costa celebra, neste sábado, os seus 87 anos de vida, marcando o primeiro aniversário fora da presidência do FC Porto após 42 anos de liderança histórica. A passagem pelo Estádio do Dragão, em noite de dérbi frente ao Boavista, será um momento carregado de simbolismo, numa celebração que une a resiliência pessoal e o legado imortal de conquistas no clube azul e branco.
Veja também: Jesus arrisca discurso em inglês nos Globe Soccer Awards e deu nisto (VÍDEO)
O ano de 2024 foi particularmente marcante para o antigo presidente, que enfrentou uma derrota expressiva nas eleições de abril contra André Villas-Boas, encerrando um ciclo de 15 mandatos consecutivos. Durante este período, Pinto da Costa guiou o clube à conquista de 69 títulos no futebol, transformando o FC Porto numa potência nacional e internacional. Mesmo fora da liderança, o dirigente continua a ser uma figura marcante no estádio, preferindo acompanhar os jogos num camarote privado, longe da tribuna presidencial, devido a tensões com a nova administração liderada por Villas-Boas.
Além das mudanças no clube, Pinto da Costa travou batalhas pessoais em 2024, incluindo a luta contra um cancro terminal na próstata e uma cirurgia ao fémur. Apesar dos desafios, mantém-se resiliente e presente, apoiando as equipas do FC Porto em todas as modalidades, sempre que a saúde o permite.
Veja também: Ronaldo vence prémio nos Globe Soccer Awards e deixa bicada à Bola de Ouro
O presidente honorário também fez questão de deixar registadas as suas memórias e sentimentos em relação ao clube no livro Azul Até ao Fim, lançado em outubro. Entre os momentos de reflexão, destacou com amargura a forma como a transição de poder foi gerida após a vitória na Taça de Portugal no Jamor, o último troféu conquistado sob a sua presidência.
Villas-Boas e o desafio da homenagem
André Villas-Boas, atual presidente do FC Porto, revelou durante os Dragões de Ouro que lançou um desafio especial ao seu antecessor: aceitar uma homenagem em vida enquanto ainda goza de saúde para desfrutá-la.
“A alegria contagiante do que significa o FC Porto para ele e para nós, e na certeza de que a sua obra deve ser dignificada, lancei-lhe um desafio que espero sinceramente que ele aceite e os portistas também”, afirmou Villas-Boas.