O ténis tem destas ironias dolorosas. Grigor Dimitrov estava a fazer um dos melhores jogos da sua época, a dominar o número 1 do mundo, Jannik Sinner, nos oitavos-de-final de Wimbledon, e chegou a liderar por dois sets a zero (6-3 e 7-5). Mas, quando o marcador estava em 2-2 no terceiro set, o destino trocou-lhe as voltas: o búlgaro ressentiu-se de uma lesão no peitoral e foi forçado a abandonar a partida.
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É um desfecho tão frustrante quanto simbólico do que o ténis pode ser — uma batalha física e mental onde, por vezes, o corpo falha mesmo quando tudo o resto está a funcionar. Dimitrov, de 33 anos, saía a jogar com confiança e deixava Sinner claramente desconfortável. O italiano, que até teve de receber assistência médica devido a dores no cotovelo direito, parecia em apuros reais.
Mas foi o búlgaro quem não aguentou fisicamente. Ao abandonar, ofereceu a passagem aos quartos-de-final ao italiano, que agora terá pela frente Ben Shelton, o norte-americano de 21 anos que já é o 10.º do ranking mundial e que promete ser um adversário duro neste piso rápido.
Sinner, que procura o seu segundo título de Grand Slam após vencer o Open da Austrália no início de 2024, escapou de um possível desaire graças à desistência do adversário — mas fica a dúvida sobre a sua real condição física. Com dores no braço e uma exibição abaixo do habitual, será que conseguirá aguentar a exigência dos próximos jogos?
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Por agora, a notícia é a mais dura para Dimitrov, que viu escapar uma vitória que estava bem ao seu alcance — não por erros, mas por lesão.