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Nacional
12/06/25 às 10:44

"Pinto da Costa morreu porque tomava as dores de Madureira"

Declarações fortes de Nuno Cerejeira Namora, ex-vice da Mesa da Assembleia Geral dos dragões, durante julgamento da Operação Pretoriano.

Nuno Cerejeira Namora, antigo vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, fez esta quarta-feira declarações impactantes no âmbito do julgamento da Operação Pretoriano, sugerindo que Pinto da Costa terá morrido por causa da ligação próxima com Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões

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O advogado e ex-dirigente azul e branco, que testemunhou em tribunal, relembrou a cumplicidade entre o histórico presidente portista e o líder ultra.

Há quem diga que o que o matou foi a operação, o cancro, a auditoria, a derrota nas eleições… Eu digo que Pinto da Costa morreu porque tomava as dores de Fernando Madureira. Sentiu que estava preso por ele”, afirmou Nuno Cerejeira Namora, em declarações citadas pela agência Lusa. 

Uma relação próxima e determinante 

Cerejeira Namora sublinhou que a relação entre os dois era muito mais do que institucional ou simbólica: “Vivi muito mais com Pinto da Costa depois de perder as eleições do que nos quatro anos em que trabalhei com ele”, referiu, fazendo alusão ao período que sucedeu à derrota eleitoral frente a André Villas-Boas

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As palavras do ex-dirigente surgem num contexto particularmente sensível para o universo portista. A Operação Pretoriano, que envolve várias figuras ligadas à claque e a dirigentes do clube, continua a lançar luz sobre alegadas práticas de coação, pressão e influência no seio do FC Porto — precisamente no momento em que a nova direção liderada por Villas-Boas tenta traçar um novo rumo, libertando o clube de ligações que durante décadas foram vistas como incontornáveis. 

Madureira detido, Pinto da Costa homenageado 

Recorde-se que Fernando Madureira está detido desde fevereiro, no âmbito da investigação, e é um dos principais visados no processo. Já Pinto da Costa faleceu no passado mês de abril, aos 86 anos, tendo sido alvo de várias homenagens no universo desportivo nacional, em particular pelos 42 anos de liderança no FC Porto. 

As declarações de Cerejeira Namora reacendem, no entanto, o debate sobre a influência das claques no futebol português e a forma como alguns dirigentes históricos terão, ou não, pactuado com dinâmicas de poder paralelas à estrutura formal dos clubes.

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