Morten Hjulmand continua a dar que falar em Itália. O médio do Sporting, que já foi apontado à Juventus por diversas vezes neste mercado de verão, voltou a ser tema de conversa na imprensa transalpina, desta vez por via de quem melhor o conhece: Pantaleo Corvino, diretor desportivo do Lecce, clube onde o internacional dinamarquês se destacou antes de rumar a Alvalade.
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Em entrevista ao Tuttosport, a propósito do 80.º aniversário do jornal, Corvino recordou com entusiasmo o momento em que descobriu Hjulmand e o papel que teve na sua transformação enquanto jogador.
«Lembro-me bem. Na altura, não estava a jogar na função que eu tinha em mente para ele. Precisávamos de um médio para jogar à frente da defesa e eu sabia que ele não me iria dececionar. Percebi isso pela forma como tocava na bola», explicou o dirigente, conhecido pelo olho clínico para identificar talento.
A adaptação ao novo papel não foi imediata, mas Corvino nunca teve dúvidas quanto ao potencial de crescimento de Hjulmand.
«Sabia que ele precisava de tempo. Eu próprio, quando era jovem, jogava nessa posição. Dei-lhe alguns conselhos: ficar sempre atrás da linha da bola e jogar verticalmente. Ele aprendeu depressa».
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Mas os elogios não ficaram apenas pela vertente técnica ou táctica. Corvino destaca ainda as qualidades humanas e o carácter do actual capitão dos leões:
«É extraordinário em todos os sentidos. Um líder nato. No Lecce, todos os anos lutamos para evitar a descida. É uma missão dura, com muita pressão. Ele via-me frequentemente preocupado e vinha ter comigo, dizia para manter a calma, que ele e os companheiros iam resolver os problemas. Tinha personalidade, tinha determinação.»
Com esta descrição, não surpreende que a Juventus continue de olho no médio leonino. E, vindo de alguém que o acompanhou tão de perto, o conselho fica dado: Hjulmand não é apenas um bom jogador — é um verdadeiro líder dentro e fora de campo.
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