Alisha Lehmann é um fenómeno. Dentro e fora de campo. Aos 26 anos, a internacional suíça tem números que deixam qualquer estrela global de queixo caído: 16,7 milhões de seguidores no Instagram e 12 milhões no TikTok. No entanto, essa visibilidade que muitos invejariam é, ao mesmo tempo, o motor de um debate inflamado no futebol helvético — e uma fonte constante de críticas.
Veja também: FC Porto oficializa decisão sobre Martín Anselmi - ÚLTIMA HORA
A jogar atualmente pela Juventus, Lehmann chega ao EURO-2025 com um estatuto peculiar: não é titular indiscutível, mas é, de longe, a figura mais conhecida da selecção da Suíça, que se estreia esta quarta-feira, em Basileia, frente à Noruega. E é essa disparidade entre a sua relevância mediática e o papel desportivo que mais tem gerado discussão.
Redes sociais e o peso da exposição
A imagem de Alisha Lehmann é marcada por fotos em biquíni, calções de treino justos e campanhas publicitárias para marcas de bebidas desportivas — que lhe renderão, alegadamente, centenas de milhares de euros por publicação. Mas apesar da presença constante nas redes, a própria garante que passa pouco tempo colada ao ecrã.
“Tenho 26 anos, por isso não posso passar o dia todo no meu telemóvel. Publicar uma foto demora dois segundos”, explicou recentemente ao Blick.
Veja também: Cláusula do contrato de Gyökeres que trama Sporting está oficialmente ativa
Apesar da naturalidade com que lida com o mundo digital, a jogadora admite que os comentários de ódio a afetam profundamente — sobretudo quando vêm do seu próprio país.
“Todos os comentários de ódio contra mim estão em suíço-alemão. Isso afeta-me realmente”, revelou ao Tagesanzeiger. “Quero apenas motivar as mulheres e raparigas a jogar futebol”.
Convocada por mérito ou marketing?
A chamada de Alisha Lehmann para o Europeu também gerou polémica. Não pela primeira vez. A médio do Juventus raramente é titular no clube italiano e, apesar das 59 internacionalizações, está longe de ser figura central na manobra da seleção.
Isso levou a que muitos questionassem se a sua convocatória se devia mais ao impacto mediático do que ao rendimento desportivo. A dúvida instalou-se: está no Europeu por ser útil em campo ou por ser uma estrela fora dele?