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Internacional
01/07/25

É craque ou só uma cara bonita? A maldição de Alisha Lehmann

Com mais de 16 milhões de seguidores, é a estrela mais mediática do futebol feminino suíço — mas também a mais contestada. No Europeu, quer provar que é muito mais do que uma influenciadora.

Alisha Lehmann é um fenómeno. Dentro e fora de campo. Aos 26 anos, a internacional suíça tem números que deixam qualquer estrela global de queixo caído: 16,7 milhões de seguidores no Instagram e 12 milhões no TikTok. No entanto, essa visibilidade que muitos invejariam é, ao mesmo tempo, o motor de um debate inflamado no futebol helvético — e uma fonte constante de críticas. 

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A jogar atualmente pela Juventus, Lehmann chega ao EURO-2025 com um estatuto peculiar: não é titular indiscutível, mas é, de longe, a figura mais conhecida da selecção da Suíça, que se estreia esta quarta-feira, em Basileia, frente à Noruega. E é essa disparidade entre a sua relevância mediática e o papel desportivo que mais tem gerado discussão. 

Redes sociais e o peso da exposição 

A imagem de Alisha Lehmann é marcada por fotos em biquíni, calções de treino justos e campanhas publicitárias para marcas de bebidas desportivas — que lhe renderão, alegadamente, centenas de milhares de euros por publicação. Mas apesar da presença constante nas redes, a própria garante que passa pouco tempo colada ao ecrã. 

Tenho 26 anos, por isso não posso passar o dia todo no meu telemóvel. Publicar uma foto demora dois segundos”, explicou recentemente ao Blick

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Apesar da naturalidade com que lida com o mundo digital, a jogadora admite que os comentários de ódio a afetam profundamente — sobretudo quando vêm do seu próprio país. 

Todos os comentários de ódio contra mim estão em suíço-alemão. Isso afeta-me realmente”, revelou ao Tagesanzeiger. “Quero apenas motivar as mulheres e raparigas a jogar futebol”. 

Convocada por mérito ou marketing? 

A chamada de Alisha Lehmann para o Europeu também gerou polémica. Não pela primeira vez. A médio do Juventus raramente é titular no clube italiano e, apesar das 59 internacionalizações, está longe de ser figura central na manobra da seleção

Isso levou a que muitos questionassem se a sua convocatória se devia mais ao impacto mediático do que ao rendimento desportivo. A dúvida instalou-se: está no Europeu por ser útil em campo ou por ser uma estrela fora dele? 

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A antiga internacional alemã Inka Grings, que chegou a treinar a seleção da Suíça, foi peremtória na defesa da jogadora:

Ela é uma pessoa de bom carácter. Juntamente com as suas capacidades desportivas, compreendo perfeitamente a convocatória”, afirmou à Redaktionsnetzwerk Deutschland.

O momento da verdade

Para Lehmann, o Europeu em casa representa mais do que um simples torneio. É a oportunidade de provar que é muito mais do que uma influenciadora de sucesso. Quer mostrar que a sua presença na equipa não é uma jogada de marketing, mas uma opção válida e merecida. E que pode ser decisiva, mesmo sem ser a protagonista com bola nos pés.

Entre bênção e maldição, Alisha Lehmann carrega o peso da fama e o desafio de se afirmar no relvado. A selecção da Suíça agradece a visibilidade, mas o futebol, esse, exige provas concretas. E elas começam já esta quarta-feira, em Basileia.

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