A polémica em torno da auditoria forense às contas do FC Porto continua a escalar.
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Angelino Ferreira, ex-administrador financeiro da SAD portista e atual presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, veio a público desmentir categoricamente as acusações feitas por Pinto da Costa sobre a apresentação de faturas ao clube após a sua saída.
💬 “É totalmente falsa a afirmação contida no comunicado difundido pelo Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa no passado dia 9 de fevereiro, de que, depois de abandonar o cargo, tenha apresentado qualquer fatura ao FC Porto. Tal comportamento teria sido intrinsecamente contrário aos valores de rigor, de transparência e de defesa dos interesses dos acionistas da FC Porto SAD que defendo”.
O agora responsável pelo Conselho Fiscal reforça a sua postura ética e descarta qualquer irregularidade.
💬 “Partilho valores morais e éticos que não se compadecem com a falta da verdade, com atropelos ao rigor e que sejam condescendentes com a existência de conflitos de interesses numa sociedade desportiva, pública e cotada em bolsa”.
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🏦 O que está em causa?
Pinto da Costa, agora presidente honorário dos dragões, lançou recentemente um comunicado onde apontou o dedo à auditoria forense levada a cabo pela nova direção de André Villas-Boas, nomeadamente à forma como foram analisadas as despesas de representação. O histórico líder dos portistas mencionou Angelino Ferreira diretamente:
💬 ”[As despesas de representação] sempre existiram na SAD sendo uma prática aceite no universo empresarial e sem que alguma vez tenham sido postas em causa pelos auditores. A prova de que assim sempre aconteceu, é que o atual Presidente do Conselho Fiscal, sendo administrador financeiro da SAD no período imediatamente anterior ao da auditoria, também assim procedeu. Mesmo já depois de ter abandonado o cargo continuou a apresentar faturas para esgotar o saldo que deixou na SAD, por ser entendimento de que tinha esse direito”.
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Agora, Angelino Ferreira nega de forma peremptória esta versão dos factos e reafirma que deixou todas as contas encerradas quando saiu do clube em março de 2014.
💬 “No dia 31 desse mês, exclusivamente com a FC Porto SAD, foram encerradas todas as minhas contas com a sociedade. Foram-me pagos todos os valores relativos ao salário desse mês, dos proporcionais salariais previstos na lei, das gratificações (relativas à época de 2012/2013) e despesas de representação em dívida até aquela data, todas suportadas na respetiva documentação justificativa, nos estritos termos das condições fixadas pela Comissão de Remunerações do FC Porto”.
O braço de ferro interno no FC Porto continua, agora com acusações públicas que podem adensar a tensão entre os apoiantes da nova e da antiga direção.
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