Fernando Saul, um dos rostos mais conhecidos do universo portista e arguido no processo da Operação Pretoriano, foi absolvido esta quinta-feira pelo Tribunal de São João Novo, no Porto.
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À saída da audiência, o antigo oficial de ligação aos adeptos do FC Porto não escondeu o alívio após mais de dois anos envolvido num dos processos judiciais mais mediáticos ligados ao futebol português.
“Tenho filhos, sou um ser humano, tive a minha vida devassada estes dois anos e meio. É um alívio, como é óbvio. Sempre disse que não tinha nada a ver com isto da assembleia. Mas sempre acreditei na justiça”, declarou Fernando Saul, visivelmente emocionado.
O ex-dirigente azul e branco reforçou que nem sequer esteve presente na origem dos distúrbios, referindo que chegou tarde à Assembleia Geral do FC Porto, depois de um jantar com a esposa.
“Estive metido num circo que não existiu”, afirmou, num desabafo que reflete o desgaste vivido durante o processo.
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Ao seu lado, a advogada Cristiana Carvalho sublinhou que sempre acreditou na inocência do seu cliente.
“É tão óbvia a falta de prova em relação a ele. É a chamada chapada de luva branca para quem tanto apregoou que Fernando Saul era o mentor de tudo isto”, afirmou, congratulando-se com a decisão do tribunal.
Condenações com pena suspensa… e uma pena efetiva para Fernando Madureira
Dos 12 arguidos em julgamento, apenas Fernando Saul e José Dias foram absolvidos. Os restantes dez foram condenados, com destaque para Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, que recebeu pena de prisão efetiva: três anos e nove meses, com proibição de frequentar recintos desportivos durante dois anos.
A sua mulher, Sandra Madureira, foi condenada a dois anos e oito meses de prisão (com pena suspensa) e seis meses de interdição de acesso a recintos desportivos. Já Vítor Catão apanhou três anos e meio de prisão, também com pena suspensa, e interdição de um ano e meio.
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O tribunal aplicou ainda penas suspensas a vários outros arguidos: