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Nacional
31/07/25

Operação Pretoriano: A reação de Fernando Saul ao ser absolvido

Fernando Saul, um dos rostos mais conhecidos do universo portista e arguido no processo da Operação Pretoriano, foi absolvido esta quinta-feira.

Fernando Saul, um dos rostos mais conhecidos do universo portista e arguido no processo da Operação Pretoriano, foi absolvido esta quinta-feira pelo Tribunal de São João Novo, no Porto. 

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À saída da audiência, o antigo oficial de ligação aos adeptos do FC Porto não escondeu o alívio após mais de dois anos envolvido num dos processos judiciais mais mediáticos ligados ao futebol português. 

Tenho filhos, sou um ser humano, tive a minha vida devassada estes dois anos e meio. É um alívio, como é óbvio. Sempre disse que não tinha nada a ver com isto da assembleia. Mas sempre acreditei na justiça”, declarou Fernando Saul, visivelmente emocionado. 

O ex-dirigente azul e branco reforçou que nem sequer esteve presente na origem dos distúrbios, referindo que chegou tarde à Assembleia Geral do FC Porto, depois de um jantar com a esposa.

Estive metido num circo que não existiu”, afirmou, num desabafo que reflete o desgaste vivido durante o processo. 

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Ao seu lado, a advogada Cristiana Carvalho sublinhou que sempre acreditou na inocência do seu cliente.

É tão óbvia a falta de prova em relação a ele. É a chamada chapada de luva branca para quem tanto apregoou que Fernando Saul era o mentor de tudo isto”, afirmou, congratulando-se com a decisão do tribunal. 

Condenações com pena suspensa… e uma pena efetiva para Fernando Madureira 

Dos 12 arguidos em julgamento, apenas Fernando Saul e José Dias foram absolvidos. Os restantes dez foram condenados, com destaque para Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, que recebeu pena de prisão efetiva: três anos e nove meses, com proibição de frequentar recintos desportivos durante dois anos

A sua mulher, Sandra Madureira, foi condenada a dois anos e oito meses de prisão (com pena suspensa) e seis meses de interdição de acesso a recintos desportivos. Já Vítor Catão apanhou três anos e meio de prisão, também com pena suspensa, e interdição de um ano e meio

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O tribunal aplicou ainda penas suspensas a vários outros arguidos: 

  • Hugo Polaco – dois anos e nove meses 
  • Vítor Aleixo – dois anos e 10 meses 
  • Vítor Aleixo (filho) – três anos e três meses 
  • Carlos Jamaica – dois anos e 10 meses 
  • Hugo Loureiro – quatro anos e um mês 
  • José Pereira – dois anos e 10 meses 

Todos ficarão também interditos de frequentar recintos desportivos por um período de ano e meio. 

A pena efetiva de Fernando Madureira causou surpresa à própria defesa de Fernando Saul.

Houve arguidos com penas mais altas que ficaram com pena suspensa. Não compreendo. Mas o que me interessa é o meu cliente”, atirou Cristiana Carvalho. 

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Apoios, tachos e tensão à saída do tribunal 

No exterior do tribunal, a tensão foi visível à medida que os arguidos iam saindo. À passagem de Fernando Madureira, familiares e apoiantes concentrados bateram tachos e entoaram cânticos em apoio ao líder dos Super Dragões. Sandra Madureira abandonou o local em silêncio, sob aplausos. Os advogados do casal recusaram-se a prestar declarações. 

A Operação Pretoriano teve origem nos incidentes verificados na Assembleia Geral extraordinária do FC Porto de 13 de Novembro de 2023, onde foram registados distúrbios que visavam, segundo o Ministério Público, intimidar os sócios e condicionar a votação da revisão estatutária — um momento determinante no processo eleitoral que viria a eleger André Villas-Boas como presidente do clube, em Abril de 2024. 

As defesas dos arguidos pediram a absolvição, acusando o Ministério Público de não ter procurado a verdade dos factos

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André Miguel Rodrigues