Sérgio Conceição foi esta manhã apresentado oficialmente como novo treinador do AC Milan.
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Acompanhado do dirigente Zlatan Ibrahimovic, o técnico português mostrou-se muito feliz com este desafio na carreira, deixando a dica sobre a saída do FC Porto.
"Com o FC Porto não foi uma saída fácil, mas não quero falar muito sobre isso. O timing para mim não é importante: verão, inverno, todas as semanas era contactado por alguém em Portugal e escreviam sobre isso. O momento do Milan também não é importante. Cheguei ontem, treinámos, hoje escolhemos fazer a apresentação, pelo respeito que temos por vocês [jornalistas] e pelos adeptos. Foi tudo muito rápido, cheguei de avião e logo para o centro de treinos. Vim para o Milan porque assim treino uma das melhores equipas do mundo a um nível histórico: é um prazer vir treinar o Milan., é um passo em frente na minha carreira e da minha equipa técnica", afirmou.
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A estreia é já na próxima 6ª feira, na partida referente à meia-final da Supertaça de Itália diante da Juventus. Do outro lado da barricada estará o seu filho Francisco Conceição, algo com o qual o treinador rossoneri consegue lidar bem, ao mesmo tempo que revelou que poderão haver alterações táticas.
"Tenho cinco filhos, de quem tenho notícias todos os dias (risos). O Francisco em casa é filho, a nível profissional será um adversário. Podemos mudar o sistema, depois há todo o espírito e mentalidade de qualidade, que não é negociável. Esta fome de chegar ao fim do jogo sabendo que se deu tudo para o ganhar não é fácil. Eu vivo o jogo intensamente e quero que os meus jogadores o façam como eu, como os adeptos. É esse o caminho a seguir. Os seus olhos devem brilhar quando entram em Milanello", referiu.
Questionado sobre os problemas do AC Milan, Sérgio Conceição fez questão de elogiar o trabalho do antecessor Paulo Fonseca.
"Não há um problema com uma coisa, há muitas coisas que não funcionam. Uns preferem falar de tática, outros de problemas físicos, outros de problemas mentais. O Paulo teve grandes períodos aqui, outros nem tanto, mas isso faz parte do trabalho do treinador. Procuramos sempre a perfeição, mas isso não é possível. Jogamos contra adversários de qualidade, tanto em Itália como na Liga dos Campeões, mas estamos preparados para isso. Mas não quero entrar em pormenores", disse.
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O treinador luso refere ainda que continuará a gerir o grupo com verdade e frontalidade.
"Dificilmente vou mudar, já tenho 50 anos, veremos. Haverá sempre onze que são mais felizes, outros menos. Faz parte da gestão do grupo. Tenho comunicação direta, olhos nos olhos, os jogadores têm de dar o seu melhor. Isso deve dar força. É como a pressão, faz parte do futebol: nos grandes clubes é preciso tê-la. Há momentos maus, mas depois há que passar para um momento melhor. Estamos com confiança. Disse aos jogadores: falar é fácil, mas depois o que conta são os resultados", salientou.
Conceição explicou as suas ideias de jogo.
"Chego com as minhas convicções a nível de trabalho e tático. Para mim, o sistema não é tão importante, mas sim a dinâmica em campo. Depois há uma estratégia, uma base, um trabalho sobre princípios que a equipa tem de compreender. O jogo dominante? Para mim, o futebol é simples, muito simples: há um objetivo e é preciso marcar golos e não sofrer. Se depois o jogo dominante significa outra coisa, para mim significa obter resultados. Posse de bola, tiki-taka… para mim, tiki-taka é meter a bola lá dentro", concluiu.
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