Orkun Kokçu está de saída da Luz após apenas uma época ao serviço do Benfica. O médio turco de 24 anos, contratado ao Feyenoord em 2023/24, está a um passo de ser oficializado como reforço do Besiktas, clube do coração do jogador, numa transferência envolta em formalidades financeiras, mas que na prática será definitiva e altamente lucrativa para as águias.
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Segundo apurou o diário desportivo A Bola, o acordo prevê um empréstimo de um ano com cláusula de compra obrigatória que se activa automaticamente com os primeiros minutos em campo. A estrutura do negócio serve para contornar as regras de fair-play financeiro da federação turca, mas o resultado é inequívoco: 30 milhões de euros nos cofres encarnados — 25 milhões fixos mais 5 milhões em bónus obrigatórios.
Viagem a Lisboa desbloqueou o negócio
O entendimento entre os clubes foi alcançado após uma recente visita do presidente do Besiktas a Lisboa, que serviu para fechar os detalhes finais da operação. Ao longo das últimas semanas, o Benfica rejeitou diversas ofertas por Kokçu, mantendo sempre uma postura inflexível: não vender por menos de 30 milhões de euros. Nem as abordagens da Arábia Saudita nem o interesse de clubes italianos convenceram a SAD encarnada a baixar o preço.
Mas o Besiktas nunca desistiu. Persistente e determinado, o clube de Istambul avançou com uma proposta que satisfaz integralmente as exigências do Benfica e vai ao encontro da vontade do jogador. Kokçu, adepto confesso do Besiktas, verá assim concretizado o sonho de representar o clube do coração, com um papel de destaque.
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Capitão, camisola 10 e o maior salário da carreira
No novo projeto, Orkun Kokçu terá tratamento de estrela. Vai assumir a camisola 10, ser a principal figura do meio-campo, e é altamente provável que receba também a braçadeira de capitão. Em termos salariais, será igualmente valorizado, com um ordenado líquido na casa dos 5 milhões de euros por temporada, um valor muito acima do teto salarial do Benfica.
A contratação de Kokçu será a mais cara da história do Besiktas, um verdadeiro investimento estratégico num jogador que chega em plena maturidade competitiva e com ambições claras de marcar a diferença na Superliga turca.
Benfica recupera o investimento e limpa contas
Do lado das águias, o negócio é visto com bons olhos. Kokçu foi contratado ao Feyenoord por 25 milhões de euros mais 5 milhões em objetivos, num investimento que agora será plenamente recuperado. Além disso, o clube português livra-se de um dos salários mais pesados do plantel e ganha margem financeira para reforçar o meio-campo com um perfil diferente, mais adequado às ideias de Roger Schmidt para 2025/26.
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Tendo em conta a amortização contabilística dos dois anos de contrato já cumpridos, a transferência representará lucro real nas contas encarnadas e alívio no orçamento anual.
Semelhanças com o caso João Mário
Curiosamente, a operação repete a fórmula usada na saída de João Mário para o mesmo clube no final da última temporada. Nesse caso, o Besiktas também optou por um empréstimo com cláusula de compra obrigatória, que rendeu 5 milhões de euros ao Benfica. Desta vez, os montantes são substancialmente superiores, mas a lógica permanece: respeitar as limitações financeiras locais enquanto se assegura uma transferência definitiva.
Anúncio oficial iminente
A oficialização do negócio deverá acontecer nas próximas horas ou dias, com os clubes a ultimar os trâmites legais e logísticos. Fontes próximas do processo dão como praticamente certa a saída do jogador, faltando apenas pequenos detalhes burocráticos.
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O médio turco deixará a Luz com sete golos e quatro assistências em 43 jogos oficiais, num percurso que, embora curto, foi marcado por exibições de qualidade e alguns momentos de tensão. Recorde-se que Kokçu chegou a criticar o treinador Roger Schmidt, episódio que acabou por minar a relação entre ambos.
No Besiktas, encontrará um contexto onde será líder, referência e, acima de tudo, valorizado ao nível pessoal e desportivo. O Benfica, por sua vez, ganha liquidez para renovar o plantel e continua a reforçar a sua reputação como clube vendedor de excelência no futebol europeu.