A Juventus está determinada em manter Francisco Conceição no plantel, mas não está disposta a pagar os 30 milhões de euros da cláusula de rescisão. Segundo avança a Gazzetta dello Sport, o novo homem forte da área desportiva dos bianconeri, Damien Comolli, pretende aplicar uma abordagem mais racional e económica nas decisões de mercado — o que já está a deixar marcas.
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No caso do extremo português, a Juventus tenta convencer o FC Porto a aceitar um valor abaixo da cláusula, descontando a verba já paga pelo empréstimo: sete milhões de euros fixos, mais dois em bónus. A ideia passa por fazer André Villas-Boas aceitar essa quantia como adiantamento ou parte substancial do valor de compra definitiva, evitando assim atingir os 30 milhões estipulados contratualmente.
Francisco Conceição esteve emprestado na época passada e deixou boa impressão em Turim, sendo utilizado com regularidade e integrando agora a comitiva da Juventus para o Mundial de Clubes. O clube italiano quer segurar o jogador, mas à sua maneira — sem esticar a corda financeiramente.
Comolli, que sucedeu na liderança da política desportiva da Juventus, pretende impor um novo rigor orçamental e aplicar critérios económicos tão relevantes quanto os técnicos. O francês pretende que a Juventus funcione como uma estrutura mais controlada em termos de custos e menos refém de cláusulas elevadas. A estratégia aplicada a Conceição está a ser replicada também no dossiê de Randal Kolo Muani, emprestado pelo Paris Saint-Germain, e que também está nos planos para 2025/26. A proposta é a mesma: reduzir o valor da opção de compra descontando o que já foi pago pelo empréstimo.
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Este plano económico, contudo, nem sempre tem funcionado. A Juventus tentou fazer o mesmo com Renato Veiga, defesa português emprestado pelo Chelsea, mas falhou. O jogador “teria ficado em Turim de bom grado”, revela a Gazzetta, mas o Chelsea rejeitou as condições renegociadas por Comolli. Resultado: Veiga volta a Londres e terá de se reapresentar nos blues, num sinal claro de que nem todos os clubes estão dispostos a alinhar neste modelo de contenção.
Com a época prestes a arrancar, o FC Porto ainda não se pronunciou sobre a proposta informal da Juventus por Francisco Conceição. Resta saber se André Villas-Boas estará disponível para negociar em baixa um dos activos mais promissores do plantel portista — especialmente quando se fala do interesse de outros clubes e da visibilidade que Francisco ganhou na última temporada.