O novo treinador do FC Porto, Francesco Farioli, foi oficialmente apresentado esta segunda-feira no Estádio do Dragão, e não escondeu a ambição: quer devolver os azuis e brancos ao topo, com uma identidade forte e um futebol moderno.
Veja também: O verdadeiro motivo para a ausência de Ronaldo do funeral de Jota
Aos 36 anos, o técnico italiano reconheceu o peso do desafio que tem em mãos, mas garantiu que está no clube certo, no momento certo da sua carreira.
“Desde o primeiro momento quisemos avançar com muita ambição”, afirmou, mostrando-se profundamente grato pela confiança da nova direção liderada por André Villas-Boas.
“Representar uma instituição tão icónica do futebol português e europeu é um prazer e uma responsabilidade. Quero devolver o FC Porto ao seu lugar”.
Uma nova mentalidade para um novo ciclo
Francesco Farioli deixou claro que os primeiros passos passam por incutir uma mentalidade de exigência e profissionalismo total: “A palavra-chave é mentalidade. Somos apaixonados, quase obsessivos, pelo que fazemos. Passamos os dias no centro de treinos. Acreditamos no volume de trabalho como chave para o sucesso”.
Veja também: Atitude de Manuela Moura Guedes sobre morte de Diogo Jota dá que falar (VÍDEO)
Numa conferência onde se destacou a fluência do italiano nas ideias — e também no português — o treinador sublinhou que o foco está em trabalhar muito e criar um ambiente de alto rendimento no Olival: “Queremos reformatar o ambiente de trabalho, aproximar jogadores e staff técnico. É aí que tudo começa”.
Em total sintonia com Villas-Boas
Farioli não poupou elogios ao novo presidente do FC Porto, revelando que houve “uma ligação muito rápida” com André Villas-Boas e que o alinhamento estratégico foi imediato.
“O presidente foi muito claro sobre o que quer e onde estamos. A análise que me transmitiu foi ainda mais profunda do que a que eu próprio tinha feito ao clube”.
Plantel, mercado e zero preconceitos
Sobre o atual grupo de trabalho, o técnico foi direto: quer começar do zero.
“Tenho uma ideia, claro. Mas não quero preconceitos. Gosto de dar oportunidade a todos os jogadores. Quero vê-los, conhecê-los, ser honesto e direto na avaliação”.
Veja também: Revelado o que motivou o trágico acidente que vitimou Diogo Jota
Já quanto ao mercado de transferências, confirmou que existem posições identificadas para reforçar, mas sem detalhar nomes: “Temos uma ideia clara. O presidente falará disso em mais detalhe. No futebol, já vi jogadores que não esperávamos e acabaram por ser os melhores da época”.
O jogo que quer pôr em prática
Farioli recusou criticar o passado recente, mas assumiu que o seu estilo será diferente: “Cada treinador traz a sua forma de pensar. Não se trata de impor ideias, mas de fazer com que as pessoas acreditem nelas. Queremos ter a bola, controlar o jogo, mas adaptando-nos ao campeonato, ao contexto e aos jogadores. Haverá coisas novas, com melhorias e flexibilidade”.
O novo timoneiro portista fez ainda questão de lembrar que “este é o maior desafio” da sua carreira até agora, e que o foco está totalmente no presente: “Trabalhar ou trabalhar. Só há esse caminho. Queremos estar ao mais alto nível desde o início e construir as bases certas”.
Veja também: O gesto do Man. United com Bruno Fernandes e Dalot após morte de Jota