Alberto Costa, reforço do FC Porto no último verão, concedeu uma extensa entrevista ao jornal O Jogo onde explicou o processo da sua chegada ao Dragão, revelou o que sente ao vestir a camisola azul e branca e deixou garantias sobre a ambição da equipa para esta época.
“Era um sonho de criança jogar aqui e, quando o meu agente falou-me da possibilidade, foi logo um entusiasmo muito grande. Quando saí do V. Guimarães, claro que foi um passo incrível, mas fiquei com aquele sentimento de que foi muito pouco, com tantos anos no clube e foram poucos jogos ali”, afirmou o lateral-direito de 22 anos, contratado à Juventus por 15 milhões de euros (podendo chegar a 16M€).
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O internacional sub-21 português não escondeu a felicidade por representar o clube do coração.
“Um jogador, quando está em Portugal, tem o sonho de ser campeão cá. Neste caso, tenho a possibilidade de o ser com o clube do coração e parece que aconteceu tudo no momento certo. Estou muito grato por estar aqui e sinto que o FC Porto ajudou-me imenso, mostrou muito interesse em mim”, sublinhou.
Quanto à luta pelo título, o jogador garante que o grupo está focado, sem se deixar afetar pela pressão. “Aqui dentro, não estamos a sentir pressão nenhuma. Sinto que pensamos apenas em ganhar o próximo jogo. Temos de ganhar o próximo desafio e focamo-nos sempre no adversário seguinte”, afirmou, valorizando também o reconhecimento dos adeptos: “Se dizem que mostramos garra em campo, só podemos ficar contentes com isso e dá-nos ainda mais vontade de o mostrar”.
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Alberto Costa recordou ainda o clássico frente ao Sporting, em Alvalade, onde foi protagonista com uma assistência para Luuk de Jong e um corte providencial.
“Durante o jogo, nem me apercebi bem das coisas, mas toda a gente disse-me que foi como um golo. Foi um momento bonito”, destacou, antes de explicar que o gesto defensivo não foi obra do acaso: “Curiosamente, antes do jogo, tínhamos treinado aquela troca de apoios específica, correr para dentro e não rodar para o outro lado, mas para aquele. Se calhar, até o fiz de forma inconsciente”.
Para terminar, o lateral destacou o espírito vivido no balneário portista, onde a exigência anda de mãos dadas com a união.
“Quando alguém vê outro que não está a dar aquele metro, o pessoal diz logo, não tem problemas. E a pessoa que falha num determinado momento recebe e compreende, porque estamos aqui todos pelo mesmo e com a mentalidade certa. Se for preciso, no dia seguinte, é essa pessoa que puxa por outra”, concluiu.