O atletismo viveu este sábado um dos seus momentos mais marcantes do ano. Na 50.ª edição do Prefontaine Classic, disputado no mítico Hayward Field, em Eugene (EUA), as quenianas Beatrice Chebet e Faith Kipyegon escreveram duas novas páginas douradas na história do desporto, pulverizando os recordes mundiais dos 5.000 e 1.500 metros, respetivamente.
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Chebet, a primeira mulher abaixo dos 14 minutos nos 5.000m
Beatrice Chebet, de 24 anos, tornou-se na primeira mulher de sempre a correr os 5.000 metros abaixo da mítica barreira dos 14 minutos. A atleta queniana parou o cronómetro em 13:58.06, um feito absolutamente histórico que a coloca num patamar único. A anterior melhor marca (14:00.21) pertencia à etíope Gudaf Tsegay, mas foi arrasada neste sábado em Eugene.
Na mesma prova, a também queniana Agnes Jebet Ngetich foi segunda classificada com 14:01.29, o terceiro melhor tempo da história, enquanto Gudaf Tsegay teve de se contentar com o terceiro lugar, em 14:04.41.
Kipyegon supera… Kipyegon nos 1.500m
Minutos depois, foi a vez de Faith Kipyegon brilhar com igual intensidade. A bicampeã olímpica e mundial dos 1.500 metros mostrou que está em forma para os Jogos de Paris e bateu o seu próprio recorde mundial — 3:48.68, superando os 3:49.04 que tinha estabelecido em 2023.
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Diribe Welteji (3:51.44) e Jessica Hull (3:52.67) completaram o pódio com marcas pessoais que também entram para os livros de recordes, reforçando o altíssimo nível competitivo da prova.
Laros surpreende na milha masculina
A festa dos recordes continuou na milha masculina. O jovem holandês Niels Laros protagonizou uma recuperação épica nos últimos 200 metros para vencer em 3:45.94, estabelecendo um novo recorde nacional dos Países Baixos — batendo o norte-americano Yared Nuguse por um centésimo. O francês Azeddine Habz foi terceiro, também com recorde nacional (3:46.65).
Um meeting com cheiro a Jogos Olímpicos
A edição de 2024 do Prefontaine Classic, integrada na Diamond League, confirmou-se como uma antevisão perfeita dos Jogos Olímpicos. Os tempos registados, a competitividade feroz e a excelência do desempenho individual elevam o atletismo feminino e masculino para um novo patamar.
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Num ano de grandes expectativas para Paris, a mensagem de Chebet e Kipyegon foi clara: o Quénia continua a ser uma potência no meio-fundo e fundo mundial — e as mulheres estão a fazer história a cada passada.