O presidente do Sporting justificou a ausência de uma nota oficial sobre a morte do antigo líder do FC Porto, garantindo que o clube “não é hipócrita”.
“Sempre critiquei a forma como Pinto da Costa conduziu o futebol português e não ia mudar de posição agora. Respeito a dor dos adeptos do FC Porto, mas o Sporting não precisa de ser hipócrita”.
Futuro e ambições para o título
Varandas reafirmou que o Sporting está focado no bicampeonato, mas alertou para os desafios que a equipa enfrenta:
“Estamos na luta. Resistindo a estas semanas, acredito que vamos celebrar um dos campeonatos mais saborosos da nossa história”.
Quanto a Gyökeres, foi perentório: “Os jogadores têm mercado, têm cláusulas e o Sporting tomará decisões quando for necessário”.
Arbitragem
Varandas pronunciou-se sobre a arbitragem:
"Nós tentamos valorizar o futebol português, criar um ambiente positivo e desde o primeiro dia que aqui estamos que temos uma política para que se valorize a carreira do árbitro, não são só condições financeiras, são condições para exercer a sua profissão. É muito fácil, estando neste cargo, cair na tentação de, a seguir a um desaire, vir crucificar. O Sporting não se revê nessa forma de estar e comunicar. O Sporting tenta dizer, de forma construtiva e objetiva, para melhorar. De dezembro até à data de hoje, o que não gostei enquanto presidente do Sporting? Considero que o critério de arbitragem de que o Sporting é alvo nos seus jogos é diferente para os nossos rivais que lutam pelos mesmos objetivos. Em Alvalade, o árbitro é bem tratado porque é assim que deve ser e enquanto aqui estivermos, os árbitros serão bem tratados. Ninguém desce ao túnel para os intimidar. Os árbitros têm todas as condições e vão ter sempre. Fico contente por ver um árbitro ser livre em Alvalade".
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Casos
"Vamos a casos específicos: um jogador encosta a cabeça a um árbitro e não acontece nada. Um jogador nosso encosta a cabeça a um jogador adversário e mal, tem de levar cartão amarelo, mas esse jogador simula uma agressão e o nosso jogador é expulso. Com o Arouca, marca-se penálti por agarrões e empurrões. É o critério? Tudo bem, mas custa-me a entender que, na mesma jornada, o FC Porto ganhe 0-1 com um golo em que há um empurrão grosseiro e o VAR desvaloriza esse empurrão. Este critério faz confusão. Há duas jornadas, marcam um penálti a favor por lance de mão. Aos 90', na mesma zona do terreno, na mesma posição, um jogador do Benfica faz um gesto mais grosseiro do que o jogador do Moreirense. Não houve critério igual. Possível penálti no Dragão sobre o Quenda: já vi opiniões que deve ou não ser penálti. Quantos penáltis se marcaram assim? Tocou na bola, mas rasteira o pé. Até pode não se marcar aquele penálti, mas definam o critério. Esse critério tem prejudicado o Sporting. Na altura do João Pereira, as arbitragens custaram cinco pontos ao Sporting. Mais ponto, menos ponto, o campeonato estaria mais ou menos decidido, de acordo com ex-árbitros. Estamos a falar de muitos pontos de diferença".
Mais casos
"Famalicão-FC Porto. O Tiago Martins anula um golo ao FC Porto e marca um penálti na mesma jogada ao FC Porto. A decisão foi correta, é unânime, decidiu bem esse lance. O que aconteceu a seguir? O FC Porto perde pontos e, na típica comunicação old school, faz aquela comunicação para atirar areia para os olhos dos adeptos. Eu não me revejo naquele tipo de comunicação. Passado uns jogos, o Tiago Martins apita o Nacional - FC Porto e há uma entrada para cartão vermelho. O Tiago Martins mostra amarelo. O VAR chama a atenção. Um árbitro que é dos melhores VARs tomou uma decisão por não reagir bem a este tipo de comunicação. Naquele momento, o que é acontece? Os clubes que se identificam com aquele tipo de comunicação dizem assim 'estás a ver como compensa fazer isto? Já tenho muitos anos disto, senão o miúdo já tinha sido expulso'. Ao tomar uma decisão assim, o Tiago Martins prejudica os colegas e depois lá vêm as newsletter habituais e não saímos disto".
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