Wimbledon continua a render-se à lenda sérvia. Novak Djokovic garantiu esta segunda-feira o apuramento para os quartos de final do torneio mais prestigiante do ténis mundial, ao bater o australiano Alex De Minaur, 11.º do ranking ATP, em quatro sets e mais de três horas de batalha (1-6, 6-4, 6-4 e 6-4).
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Aos 38 anos, Djokovic continua a escrever capítulos únicos na história do desporto. Com 24 títulos do Grand Slam — um recorde absoluto — o sérvio volta a mostrar que ainda tem combustível para mais, numa edição de Wimbledon onde procura conquistar o 8.º troféu da carreira na relva londrina, o que igualaria o recorde absoluto de Roger Federer.
Depois de um primeiro set complicado, onde foi completamente dominado por De Minaur (1-6), o ex-número 1 do mundo reencontrou o seu ritmo e foi impiedoso nos momentos chave. O jogo prolongou-se por três horas e 19 minutos, e Djokovic acabou por impor a sua experiência e consistência para selar a vitória com três sets seguidos de 6-4.
Próximo obstáculo: Flavio Cobolli
Nos quartos de final, Djokovic vai medir forças com o italiano Flavio Cobolli, número 24 do ranking ATP e 22.º cabeça de série no torneio. Trata-se da primeira presença de Cobolli nesta fase de um Grand Slam, o que o coloca automaticamente como “outsider” frente ao peso da história e da experiência do sérvio.
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Apesar de já ter deixado escapar a liderança do ranking mundial — atualmente é o 6.º classificado ATP — Djokovic mostra-se totalmente recuperado das limitações físicas que o afetaram em Roland Garros. Em Wimbledon, volta a apresentar um nível competitivo de excelência, com o serviço afiado e a frieza nos momentos decisivos que há muito o definem.
Um título que vale mais do que números
Caso conquiste esta edição de Wimbledon, Novak Djokovic somaria não apenas o 25.º Grand Slam, como igualaria Roger Federer como o tenista com mais títulos em Wimbledon (8). Mas mais do que isso, reafirmaria que, mesmo perto dos 40 anos, continua a ser um fator dominante no circuito mundial.
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Para já, o foco é o duelo com Cobolli, onde Djokovic parte como claro favorito. Mas num Wimbledon que tem sido fértil em surpresas, o sérvio sabe que o estatuto de lenda não ganha jogos — é preciso continuar a demonstrar, dentro de campo, por que razão é um dos melhores de sempre.