Francisco Conceição está decidido: quer continuar na Juventus. O extremo de 22 anos, que representou o clube de Turim por empréstimo do FC Porto na última temporada, já informou pessoalmente André Villas-Boas da sua intenção de permanecer em Itália.
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No entanto, apesar da vontade do jogador e do interesse da vecchia signora em manter o internacional português, o negócio promete ser tudo menos simples.
O acordo entre os dois clubes estipula uma cláusula de compra definitiva de 30 milhões de euros válida até 15 de Julho, valor que André Villas-Boas não pretende renegociar ou reduzir, apesar dos cerca de 10 milhões de euros já investidos pela Juventus: sete milhões pelo empréstimo e mais três milhões pela qualificação para a Liga dos Campeões, objetivo concretizado na última jornada da Serie A.
A Juventus, agora com Damien Comolli como novo director desportivo, quer aproveitar esse montante já gasto para tentar baixar os 30 milhões restantes. Mas o presidente do FC Porto foi peremptório: não haverá descontos. E mais: se os italianos não exercerem a opção até 15 de Julho, o valor da cláusula salta automaticamente para 45 milhões de euros, conforme previsto no contrato.
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Uma época irregular… mas com continuidade à vista
Francisco Conceição realizou 37 jogos oficiais pela Juventus, somando cinco golos e quatro assistências em 1954 minutos. Apesar de ter sido utilizado com alguma regularidade, o jovem português esteve longe de ser primeira escolha para Igor Tudor — técnico que assumiu o comando da equipa em Março e já renovou até 2027 — mas o treinador croata já expressou o desejo de continuar a contar com o jogador na próxima época.
A inclusão de Francisco Conceição na convocatória para o Mundial de Clubes, que decorre nos EUA, reforça a ideia de que o clube vê valor na sua continuidade, mesmo após uma temporada algo irregular.
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Relações tensas com o FC Porto
A recusa de Francisco Conceição em regressar ao FC Porto não está apenas relacionada com o desejo de se manter na Serie A. O extremo tem contrato válido com os dragões até 2029, mas as tensões entre André Villas-Boas e a família Conceição, liderada pelo pai e antigo treinador do clube, Sérgio Conceição, têm um peso relevante nesta equação.
Além disso, o jogador detém 20% do seu próprio passe, o que lhe confere margem para influenciar diretamente o rumo da sua carreira. Esta autonomia reforça a posição do jogador, que não pretende regressar ao Dragão.
Em bom plano na recente Liga das Nações, onde marcou um excelente golo frente à Alemanha na meia-final (2-1), Francisco Conceição parece ter convencido a Juventus de que vale a pena o investimento. Resta agora saber se os italianos estão dispostos a pagar os 30 milhões exigidos… ou arriscar ver o valor disparar para 45.