Na altura em que foi lida a sentença de Fernando Madureira, no âmbito do processo Operação Pretoriano, a juíza do processo fez questão de se dirigir ao antigo líder dos Super Dragões.
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A juíza salienta a importância da liberdade de expressão e considera importante que os acontecimentos que marcaram a Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto de novembro de 2023 não voltem a acontecer.
"Dirijo-me a si porque foi a pessoa em torno da qual este processo de desencadeou. Sinceramente não sou nada do desporto, não quero saber nada de futebol e de claques.
Reconheço-lhe características de líder. Foi uma pena e um tirar de tapete a forma como acabou a sua liderança nos Super Dragões. Aquilo foi uma imposição de uma ditadura e o tempo de Salazar já foi há muito.
É uma pena porque o desporto não pode ser isto. Tem carisma e reconheço-lhe capacidade de liderança para gerir pessoas, mas as pessoas têm direito a ter a sua opinião.
Foram muitos anos de Pinto da Costa e sei que a mudança custa, mas o que aconteceu não pode acontecer. As pessoas têm de ter o direito a estar e a falar em liberdade.
Já chocam as desavenças entre Benfica e FC Porto, mas aqui até estamos a falar de pessoas da mesma camisola. Isto não pode acontecer na nossa cidade, não pode mesmo", afirmou.
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