A passagem de Sérgio Conceição pelo comando técnico do AC Milan está a ser tudo menos pacífica, e as críticas começam a subir de tom em Itália. Desta vez, foi Luciano Moggi, antigo dirigente da Juventus, quem apontou duramente o dedo ao treinador português, num artigo publicado no jornal Libero.
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Para Moggi, o atual Milan é um “grupo de solistas” que não funciona como equipa.
«É um grupo de grandes solistas que não se unem entre si, que podem ganhar com todos mas também perder. Entre outras coisas, os rossoneri não sabem como abordar o jogo como uma grande equipa, especialmente na primeira parte», escreveu o ex-dirigente, referindo que o Milan «entra muitas vezes em campo com a cabeça errada» e que só reage quando pressionado pelos adeptos.
Mas a crítica mais direta foi mesmo para Conceição. Moggi aponta o dedo à liderança do treinador português e questiona o seu envolvimento com o clube milanês: «Provavelmente o fenómeno depende da falta de autoestima do grupo, devido a uma liderança insegura e pouco credível do treinador, com Sérgio Conceição já com a cabeça noutro lugar».
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Além disso, Luciano Moggi acusa o clube de não ter uma estrutura diretiva forte.
«O Milan nem sequer é apoiado por um clube capaz. Falta-lhe um treinador com carisma e credível no meio devido ao seu passado. Havia Maldini, mas inexplicavelmente foi afastado», recordou.
Para o antigo responsável bianconero, há um nome que faria sentido nos rossoneri: «O único treinador que poderia ser adequado ao Milan, pelo seu passado tanto no campo como atrás da secretária, é Igli Tare, tendo em conta a forma como foi capaz de levantar uma Lazio moribunda, trazendo-a de volta ao nível dos grandes».
Com o AC Milan a realizar uma temporada irregular e com os rumores em crescendo sobre a continuidade de Sérgio Conceição no final da época, as palavras de Moggi são apenas mais um episódio num ambiente que parece cada vez mais pesado para o técnico português em solo italiano.
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