A SIC transmitiu a primeira parte de uma grande reportagem sobre a relação de Luís Filipe Vieira com o BES. Neste primeiro episódio, é referido que o antigo presidente do Benfica terá recebido 750 milhões de euros em créditos do deste banco, para as suas empresas, nomeadamente a Promovalor, durante 12 anos, ou seja, entre 2002 e 2014.
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“Entre 2002 e até à queda do BES em 2014, o banco aprovou 750 milhões de euros em crédito para as empresas de Vieira. E entre 2007 e 2014, despejou outros 335 milhões de euros no Benfica“, refere Pedro Coelho, jornalista da SIC que coordenou esta investigação.
“Não há outra palavra para qualificarmos a relação senão de promiscuidade. O que aconteceu, sobretudo quando Luís Filipe Vieira assumiu o futebol do Benfica em 2001, foi que houve um crescendo de influência entre os polos representados por Vieira e por Ricardo Salgado“, acrescentou.
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Mariana Mortágua, deputada que apertou com Vieira na comissão de inquérito onde este procurou justificar estes valores, explicou a sua relação com Ricardo Salgado.
“Ricardo Salgado construiu uma enorme teia à sua volta com vários testas de ferro que justificam alguns negócios, alguns com lucros para o BES, outros sem muita racionalidade económica mas que foram cruciais na estratégia de acumulação de poder daquele grupo bancário e da família Espírito Santo. Luís Filipe Vieira teria os seus interesses próprios embora sempre dependente da dívida e do financiamento de Ricardo Salgado“, referiu.
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Já Cecília Meireles, do CDS-PP, defendeu que “ele [Vieira] teve acesso a restruturações que muitos outros empresários não tiveram“. “Estou convicta que a sua notoriedade teve um papel“, apontou.
Na mesma reportagem foi recordado o roubo de um camião por parte de Vieira do qual resultou a sua condenação de 20 meses de prisão efetiva. Acabou por ser salvo por duas amnistias.