Internacional

Técnico português conta tudo sobre o drama do coronavírus

O coronavírus está a causar grande preocupação. A cidade chinesa de Wuhan foi o local onde o vírus parece ter-se decidido estabelecer, contagiando de forma assinalável algumas centenas de pessoas, entre os 11 milhões que ali vivem.

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Como não poderia deixar de ser, existe uma pequena comunidade portuguesa, que estão a lidar com a situação.

Luís Estanislau é treinador adjunto do Hubei Chufeng Heli, equipa que milita na 2ª divisão chinesa. O técnico refere em declarações ao jornal Público que 12 dos 20 portugueses que ali residem, pretendem regressar a Portugal.

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A viagem já está planeada, mas a data de regresso ainda não foi comunicada. Segundo conta Estanislau, os portugueses receberam a garantia da embaixada de que “o processo de evacuação será o mais rápido possível, que já têm informação sobre o voo, mas apenas comunicarão todos os pormenores sobre o repatriamento amanhã [hoje]“.

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Contudo o regresso será feito num avião fretado pela União Europeia, juntamente com cidadãos de outra nacionalidade, algo que desagrada o técnico e os restantes portugueses. Inicialmente os portugueses foram informados de que iriam num avião fretado pelo governo, sem cidadãos oriundos de outros países.

Mas depois o que [o governo] fez foi perguntar a outros países se queriam fretar aviões em conjunto. O problema é se poderá haver outros passageiros infetados“, referiu o treinador.

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Isolamento no regresso a Portugal

À chegada a Portugal os emigrantes portugueses terão de se sujeitar a uma quarentena, durante o período de incubação de 14 dias do coronavírus. Um cenário que não desagrada a Estanislau.

“Pelo contrário. Se me garantirem que os exames à chegada serão suficientes e que não estou infetado, não me importo de ficar em isolamento em casa. Agora se isso não acontecer é melhor ficar num hospital durante o período de quarentena. E creio que todos os outros são desta opinião. Prefiro ficar de quarentena num hospital, não quero colocar em risco a minha família”, disse.

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De resto os dias de Estanislau são passados maioritariamente em casa. As ligações aéreas, terrestres e ferroviárias em Wuhan estão encerradas e só voltou a sair para comprar água.

O cenário na cidade chinesa é de preocupação.

É difícil perceber o que está a acontecer. Não há ninguém na rua, a cidade está parada, não há serviços públicos, não há nada“, concluiu.

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