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Roger Schmidt explica a sua célebre frase: “Quem ama futebol, ama o Benfica”

Roger Schmidt em conferência de imprensa do Benfica

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Chaves, Roger Schmidt diz que o Benfica não terá dificuldades em mudar o chip da Liga dos Campeões para o campeonato.

Acho que não é difícil porque já estamos habituados a isto. Jogamos Liga dos Campeões e no campeonato ao fim de semana. É algo que temos sempre de fazer. Amanhã vamos jogar contra uma equipa muito boa, que já demonstrou ser boa a atacar, brava, fazem bons jogos fora de casa. Não só por terem batido o Sporting e o Sp. Braga, mas isso já diz tudo. Estamos preparados para um jogo difícil mas também estamos muito confiantes depois de terça-feira. Foi muito especial. Ficou claro que a Juventus deu tudo para voltar a entrar no jogo e tentar continuar na Champions, e nós demonstrámos todo o nosso potencial. Fizemos um excelente jogo, de muita qualidade, e também na vertente tática. Fomos inteligente, estivemos concentrados, e temos a obrigação de manter este nível durante mais duas semanas, antes da pausa do Mundial. Queremos demonstrar o nosso melhor futebol, um nível muito elevado e é esse o nosso objetivo”, afirmou.

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O treinador encarnado foi ainda convidado a explicar a célebre frase que proferiu, aquando da sua chegada ao clube: “Quem ama futebol, ama o Benfica”.

Naquela altura já tinha a sensação certa. Não é que já conhecesse o clube muito bem, mas era o que sentia quando falava com as pessoas, com o Rui Costa, o Lourenço… fiquei com a ideia que era o sítio indicado para vir treinar, e foi por isso que disse o que disse. Agora conheço o clube, as pessoas, a cultura. É um clube extraordinário, há muita paixão, muito amor, qualidade, conhecimento, e basta ver jogos como o de terça-feira e ver o ambiente no estádio e a paixão das pessoas. Era tudo o que esperava vir a encontrar. Agora conheço o Benfica muito melhor e estou muito contente de ter sentido isto até antes de assinar o contrato“, referiu.

Schmidt teve dificuldades a responder ao ser questionado sobre se o Benfica era a melhor equipa que havia treinado.

É uma pergunta muito difícil, é quase impossível comparar clubes, jogadores e momentos diferentes. Neste momento estamos a um nível muito bom e acredito que temos um futebol muito fiável quando temos a bola. Demonstrámos várias faces diferentes, sobretudo quando comparamos os jogos com o FC Porto e com a Juventus. Já mostrámos que conseguimos adaptar o nosso estilo de jogo e estou muito satisfeito com os jogadores. Na terça-feira tivemos um jogo excelente, e diria que se continuarmos neste nível temos a possibilidade de conquistar troféus. A sua pergunta é difícil de responder, não posso comparar clubes antigos com o Benfica“, disse.

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Questionado sobre como mantém os jogadores motivados, o técnico encarnado atribui responsabilidades aos seus comandados.

As decisões são minhas, mas quem decide se joga ou não são eles. A minha responsabilidade é estar atento e alinhar com a equipa que tem mais probabilidade de ganhar os jogos. Eu trato todos de maneira idêntica. Claro que os jogadores que estão a jogar e a ganhar jogos estão a ‘conduzir’ a equipa, e é difícil para outros jogadores ultrapassarem. Temos jogadores extraordinários e jogadores chave, mas não vão estar ao mesmo nível a temporada inteira. Nessa altura, podem entrar outros jogadores. Há muitos no banco que podem vir a ter um papel diferente daquele que têm agora, e agora têm o papel mais difícil, o de ficar à espera da oportunidade. Mas têm de ter uma atitude positiva, temos de ter um bom ambiente. Admiro a forma como todos fazem parte da equipa e tentam apoiar os que jogam mais. A porta do 11 titular está sempre aberta para todos, são eles que decidem com os desempenhos“, frisou.

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Por último, Schmidt falou sobre o mercado de janeiro.

“Estou muito feliz com o plantel que tenho, mas isto é futebol. Quando há uma janela de transferências, é preciso ver se é possível melhorar a equipa. O mercado de janeiro é sempre diferente porque não há grandes alterações, mas se surgir uma oportunidade temos de pensar nisso. Temos uma equipa equilibrada. Começámos a ter uma abordagem nova no verão, a jogar de maneira diferente. Tanto poderá acontecer alguma coisa, como poderá não acontecer nada”, concluiu.

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