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Pizzi e a discussão com Jesus: “Não me sinto responsável pela sua saída”

Pizzi, jogador do Benfica

Na grande entrevista que concedeu ao diário desportivo Record, Pizzi contou a sua versão dos acontecimentos que levaram ao despedimento de Jorge Jesus do Benfica, após a derrota no Dragão diante do FC Porto.

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O médio mostra-se de consciência tranquila.

Muito sinceramente, não me sinto responsável pela saída do míster Jorge Jesus. Sempre fui um jogador que apreciou bastante o míster Jorge Jesus, enquanto treinador e enquanto pessoa. O que se passou foi que, depois do jogo no Porto, aconteceu uma coisa completamente normal dentro de um balneário”, afirmou.

Pizzi revela que mais jogadores se exaltaram nesse momento.

Mas eu, sendo um dos capitães, tive uma voz mais ativa, porque foi um jogo em que nada nos correu bem. E quando disse isto, estava a dizer no geral; nunca falei de A, B, C ou D, falei do geral, da equipa, do que se tinha passado, e era algo para nos melhorar no futuro“, referiu.

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“É o normal dentro de um balneário, toda a gente a dizer ‘Calma, calma’, ‘bora, já passou’. Aquilo acabou ali. Nunca tive nenhum problema com o Luisão. Fui colega do Luisão durante cinco ou seis anos, sempre nos demos muito bem, até fora do futebol, quando ele deixou de jogar. (…) A ideia que ficou formada foi que o Pizzi era o culpado de tudo, quando simplesmente queria ganhar aquele jogo, porque era contra um rival direto, senti-me completamente chateado por aquilo que se passou porque quero defender o Benfica até à morte“, disse.

Após a discussão, a equipa teve três dias de folga e o jogador achava que o assunto tinha morrido ali.

Nunca tive nenhum problema com o míster Jorge Jesus e sempre tivemos uma ótima relação. O que eu disse ganhou uma proporção que não me pareceu a correta. O que se passou depois com o míster e todo o plantel foi completamente normal. Ele não gostou da forma como eu falei, eu pedi desculpa porque se calhar exaltei-me depois da derrota com o FC Porto e acreditei que o assunto morresse ali. Acabou por tomar outras proporções”, frisou.

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Após ter sido dispensado por Jesus, Pizzi contou com a solidariedade dos colegas, que se recusaram a treinar, apesar de lhes pedir para cumprirem o treino.

Os meus colegas simplesmente contaram aquilo que se tinha passado e que, para eles, não tinha absolutamente mal nenhum. Foi com base nisso que disseram que iam ficar do meu lado porque eu não tinha feito nada de mal. O assunto acabou por morrer ali, mas tomou uma proporção maior porque o míster saiu e culpou-se aquela situação que me envolveu. Quando eu só tentei, do meu ponto de vista, defender o meu clube”, concluiu.

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