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Pinto da Costa e a Supertaça: “Num país estupidamente centralizado…”

Pinto da Costa, presidente do FC Porto

A disputa da Supertaça Cândido de Oliveira de futebol pela 13.ª ocasião em Aveiro, no sábado, entre FC Porto e Tondela, perfaz “um raro motivo de satisfação num país estupidamente centralizado”, atirou hoje o presidente dos ‘dragões’.

Um FC Porto-Tondela disputado em Aveiro é mais uma prova de como o futebol pode estar à frente e dar um exemplo de democracia num país em que esta ainda não se cumpre plenamente. Tenho a certeza de que a Supertaça vai contribuir para a felicidade de muita gente de muitos sítios cronicamente esquecidos”, vincou Jorge Nuno Pinto da Costa, no programa oficial da prova publicado pela Federação Portuguesa de Futebol.

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O FC Porto, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal em 2021/22, e o recém-despromovido Tondela, finalista vencido da prova ‘rainha’, defrontam-se no sábado, às 20:45, no Estádio Municipal de Aveiro, na 44.ª edição da Supertaça Cândido de Oliveira.

A minha expectativa, naturalmente, é que, além deste pequeno contributo para atenuar injustiças flagrantes, este jogo também possa ser um excelente espetáculo desportivo e termine com mais uma vitória do clube que detém a hegemonia da competição”, frisou.

Acreditando que o futebol é “muito importante para a economia e a sociedade” nacionais, Pinto da Costa enaltece o setor que “mais contribui para levar o nome do país a todo o mundo”, permitindo ainda “aos políticos aparecerem publicamente a associarem-se a sucessos para os quais não contribuíram, mas que tentam capitalizar em popularidade”.

Goste-se ou não, o futebol, asfixiado em impostos, representa uma atrativa fonte de receitas para o Estado. Goste-se ou não – e há cada vez mais gente que não gosta, não tenho dúvidas -, é o futebol que muitas vezes está na linha da frente das lutas contra muitas injustiças, nomeadamente as que provocam desequilíbrios insustentáveis entre os diferentes territórios do país”, concluiu o líder máximo dos ‘azuis e brancos’, de 84 anos.

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Na mesma publicação, Mehdi Taremi reconheceu que uma eventual 23.ª conquista da Supertaça vai “certamente reforçar a motivação” do FC Porto para o arranque da edição 2022/23 da I Liga, acreditando que “defender o título de campeão é sempre mais difícil”.

É um jogo e tudo pode acontecer. Não interessa quem parte como favorito. Ambas as equipas vão jogar para conquistar a Supertaça. A diferença estará em quem conseguir interpretar da melhor forma a estratégia da equipa. Vamos abordar este o jogo com a mesma mentalidade e vontade de sempre”, observou o avançado iraniano, de 30 anos.

O atleta mais influente dos ‘dragões’ em 2021/22, com 26 golos e 16 assistências em 48 encontros, procura conquistar a terceira competição mais importante do futebol nacional pela segunda vez, após já ter contribuído em 2020 para a vitória diante do Benfica (2-0).

“Que argumentos poderemos apresentar? Sobretudo o nosso caráter enquanto equipa e enquanto FC Porto. Demonstrar que mantemos a capacidade e a qualidade de trabalho que nos permitiu conquistar o campeonato e a Taça de Portugal”, notou Mehdi Taremi, lembrando o peso de cada conquista, “quer se decida após 34 jornadas ou numa final”.

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O dianteiro sobressaiu com dois golos sobre o Tondela na final da última edição da Taça de Portugal, em 22 de maio, no Estádio Nacional, no Jamor, que conduziu o FC Porto à nona ‘dobradinha’ do seu historial, então iniciada com o 30.º título de campeão nacional.

Todos os encontros são diferentes, ainda para mais tratando-se de uma final. Nesse contexto, vamos encará-lo como tem de ser e 100% focados na vitória, sabendo que será um jogo de vida ou morte e quem estiver melhor vai conquistar a Supertaça”, finalizou.

Fonte: LUSA

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