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Os milhões que o Benfica pode ganhar se vencer a Champions feminina

Jogadoras do Benfica celebram vitória sobre o Twente na Liga dos Campeões

A equipa feminina do Benfica fez ontem história ao tornar-se na primeira equipa portuguesa a atingir a fase de grupos da Liga dos Campeões. As águias derrotaram as holandesas do Twente por 0-4, com Cloé Lacasse a assumir o papel de protagonista com um hat trick (43, 50 e 72 minutos) e uma assistência para o golo de Nycole Raysla (47).

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A UEFA estreia este ano um novo modelo de Liga dos Campeões, em que as 16 equipas ficam divididas em quatro grupos, disputando seis jogos entre elas, passando aos quartos de final as duas primeiras classificadas, seguindo-se as meias-finais e a final.

O órgão que rege o futebol europeu aumentou para 24 milhões de euros o montante total a ser redistribuído entre equipas.

O Benfica, ao atingir a fase de grupos, recebe um prémio monetário de 400 mil euros, um valor cinco vezes maior do que aquele que se pagava até à época passada. Caso as encarnadas se sagrem campeãs europeias, podem encaixar 1,4 milhões de euros.

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Este aumento dos prémios monetários no futebol feminino deve-se ao aumento das receitas televisivas e patrocínios, sobretudo impulsionadas pelo Mundial feminino de 2019.

Ainda assim a diferença para o futebol masculino ainda é abismal, apesar dos passos dados já serem de si bastante positivos.

Só para se ter uma ideia, a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões no masculino representa um encaixe financeiro de 15 milhões de euros para cada clube. A este valor acresce-se 2,7 milhões por cada vitória e 900 mil euros por cada empate na fase de grupos.

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Nas fases a eliminar as equipas encaixam as seguintes quantias:

• Qualificação para os oitavos-de-final: 9,5 milhões de euros por clube
• Qualificação para os quartos-de-final: 10,5 milhões de euros por clube
• Qualificação para as meias-finais: 12 milhões de euros por clube
• Qualificação para a final: 15 milhões de euros por clube
• O vencedor da Champions receberá uma quantia adicional de 4 milhões de euros, o que perfaz os tais 19 milhões.

A estes valores acrescem ainda os milhões relativos ao ranking dos clubes da UEFA, em que se baseia no desempenho dos clubes nos últimos 10 anos e nos títulos europeus conquistados no passado. São distribuídas parcelas de 1,108 milhões de euros de forma crescente aos 32 participantes na fase de grupos.

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Esse é o valor que ganha o pior classificado do ranking, ao passo que o clube acima ganha o dobro, o seguinte o triplo e assim sucessivamente até ao mais bem classificado (Real Madrid), que recebe 35,4 milhões de euros só em prémio ranking.

Por último há ainda os valores relativos ao market pool, ou seja, os direitos de transmissão dos jogos.

Conclusão: o futebol feminino está a crescer em termos das praticantes e do espetáculo que as jogadoras proporcionam em campo, mas a desigualdade em termos monetários ainda é um abismo difícil de ultrapassar. Dependerá do aumento da visibilidade dos jogos e dos patrocínios associados. Há ainda um longo caminho a percorrer, mas os primeiros passos nesse sentido já estão a ser dados.

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