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O dia em que Nani deu boleia a Ferguson após ter falhado um penalti

Nani concedeu uma entrevista ao podcast do Manchester United, onde recordou os anos em que esteve ao serviço do clube inglês.

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O internacional português recordou o dia constrangedor em que deu boleia a Alex Ferguson. O constrangimento teve origem no facto de Nani ter falhado uma grande penalidade numa partida diante do Fulham. O caso foi mais grave, uma vez que não era suposto o português ter batido aquele penalti, mas sim Ryan Giggs.

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“Ele era meu vizinho e íamos os dois para Londres de comboio. A mulher deixava-o na estação, mas houve um dia em que ele não tinha como voltar da estação para casa e eu disse-lhe ‘ok, não se preocupe, eu levo-o a casa’. Mas aquele dia… Eu levei-o a casa depois do jogo com o Fulham fora…“, começou por contar.

“Eu joguei inacreditavelmente bem, estava com confiança. Ganhámos um penálti e era o Ryan Giggs quem marcava os penáltis. Só que eu sentia-me com confiança e o Giggs não disse nada. Marquei o penálti, mas falhei; se tivesse marcado tínhamos ganho por 3-2“, referiu.

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No balneário ouviu das boas mas na viagem de carro impôs-se um silêncio insurdecedor.

Levei-o a casa mas ele não me falou. No balneário queria ‘matar-me’. Ele disse: ‘Nani, quem pensas que és? Quem te deu autorização para marcares o penálti?”, recorda.

O próprio Ryan Giggs não escapou à fúria de Ferguson.

Ryan, porque deixaste que ele marcasse?‘ O Ryan respondeu ‘ele agarrou na bola e eu deixei’. Meu Deus aquilo foi inacreditável. Levei-o a casa e senti-me muito desconfortável enquanto conduzia“, contou.

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Um segundo pai

A relação com Ferguson não foi fácil para o ex-Sporting, sobretudo devido à língua. Nani confessa que se sentia intimidado pelo escocês.

Tinha medo dele. Como um pai, estás a entender? Tinha medo de cometer um erro ou fazer algo de mal porque não era fácil interagir com ele. Via-o falar com os outros jogadores, eu queria enturmar-me mas pensava ‘o que vou eu dizer?’ Tive medo dele até aprender a expressar-me melhor.

O meu inglês nunca foi perfeito nem nunca será, mas naquela altura era bem pior do que é agora. Mas quando ele percebeu que eu já conseguia falar mais, ele vinha ter comigo e dava-me mais atenção. A partir daí aprendi mais sobre Sir Alex Ferguson, o que ele queria fazer, quem ele era… A nossa relação melhorou muito”, reconheceu.

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Nani destaca ainda a capacidade de Ferguson na gestão de pessoas.

É um treinador que sabe gerir pessoas com diferentes personalidades e diferentes idades. Eu na altura não era uma pessoa fácil, era jovem, mas aprendi e mudei muito com ele. A vida é assim, é preciso aprender”, concluiu.

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