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“Não me lembro bem quando perco. Os meus neurónios ficam avariados”

Sérgio Conceição na antevisão a uma partida do FC Porto

Na conferência de imprensa ao Santa Clara-FC Porto, referente à fase de grupos da Taça da Liga, Sérgio Conceição alertou para as diferença que os açorianos apresentam, após a mudança de treinador.

A nossa ambição é a mesma em todos os jogos e competições, chegar o mais longe possível. Aqui será chegar à final four como fizemos nos últimos quatro anos e sermos mais competentes. Já estivemos perto de a ganhar, e queremos ganhá-la. O Santa Clara mudou de treinador, observámos o que já foi feito em Leiria e contra o Famalicão, e vem aqui com algumas mudanças no onze inicial. Estamos preparados, percebemos as diferenças que existem entre este Santa Clara e o de Daniel Ramos. É um jogo decisivo“, salientou.

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O FC Porto enfrenta um ciclo complicado, com cinco jogos até ao próximo dia 7 de novembro. O técnico dos azuis e brancos explicou como fará a gestão dos jogadores.

Aqui não damos minutos a jogadores menos utilizados. Os jogadores têm de conquistar os minutos. É preciso olhar para o plano estratégico do jogo, o estado físico dos jogadores, e o fator emocional que também avaliamos e percebemos. Quem está em melhores condições tem a possibilidade de jogar. Fazer a gestão dá a entender que tiramos importância ao jogo e não é o caso. É uma competição que tem crescido ao longo dos anos e queremos chegar à final four, é com isso em mente que vamos entrar com o melhor onze. Se perdermos, estamos praticamente fora dessa possibilidade”, disse.

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Além disso, o FC Porto terá quatro viagens, sendo que ainda há a pausa das seleções, onde muitos dos seus jogadores vão percorrer longas distâncias.

Conceição reconhece que é algo que o preocupa.

“Preocupa. Ainda no último período de seleções, houve três jogadores que não pude contar com eles. Com todo o respeito que tenho pelo Sintrense, o grau de dificuldade é menor, e foi contra eles. Preocupam-me as viagens, os minutos jogados pelos jogadores, é preciso olhar para um passado bem recente, alguns tiveram período de férias curtos, e tudo acumulado não é fácil. Vamos ter um período em que os jogos são quase todos fora, e olhamos para isso, falamos, debatemos, tentamos minimizar uma situação que sabemos que pode ser preocupante”, frisou.

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O que tive oportunidade de referir aos jogadores é que todas as modificações que possa fazer não me causam incómodo. Excluindo o Wendell, que infelizmente está lesionado, todos me dão garantias para, independentemente de quem entrar em campo, termos uma equipa forte”, referiu.

Conceição foi ainda questionado sobre a forma de Fábio Vieira, que tem cinco assistências esta época. No entanto Conceição garantiu que não houve um trabalho específico com o jogador nesse aspeto.

É o tipo de trabalho que não se deve fazer com ele, já é natural. É preciso definir o espaço que ele pisa, aí sim dou instruções. Isso faz parte daquilo que é o talento do Fábio. É o momento deles. Nós podemos indicar qual o caminho relativo à ocupação do espaço em determinado momento, de maneira a ele respeitar a ideia do treinador”, disse.

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A Taça da Liga é vista como um ‘parente pobre’ dos títulos em Portugal, mas o técnico portista considera que a competição tem melhorado ao longo dos anos, com muita competitividade.

“Eu percebo o sentido da pergunta, mas a competição é nova [15.ª edição]. Não me parece que seja o parente pobre, até porque os clubes que chegam à final four têm sempre enorme motivação para ganhar. Estamos num clube em que ganhar faz parte do seu ADN. Nas últimas quatro edições chegámos a duas finais e perdemos por outras duas ocasiões na meia-final, penso eu. Eu não me lembro muito bem quando perco, até porque os meus neurónios ficam meio avariados. Vocês sabem que eu não gosto de perder“, concluiu.

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