Na conferência de imprensa que se seguiu ao anuncio da convocatória da Seleção Nacional para os quatro jogos da Liga das Nações, Fernando Santos explicou o motivo pelo qual promoveu as estreias de Ricardo Horta e David Carmo nas suas escolhas.
“Vamos ver o que podem dar. Na última janela tivemos Djaló e Inácio, dei-lhes os parabéns pelo que fizeram. Agora decidi o Domingos Duarte e o Carmo para os ter aqui, o contacto é sempre importante. Entendemos que era o momento oportuno para fazer isso. Gostei muito do que fizeram aqui, não tem a ver com qualidade. E é importante nesta fase procurar avaliar. Ao vivo na televisão, é sempre melhor ter contacto com o que faz no treino, a relação, e a forma como jogamos”, afirmou.
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Falando mais concretamente de Ricardo Horta, o selecionador nacional defende que a chamada do avançado foi natural, já que há muito se encontrava entre o lote de jogadores que estava na sua lista de observações.
“Como sempre disse aqui sempre fez parte do lote que estavam a ser observados. A selecção é um espaço aberto, há sempre um lote de 50, 60 em observação. Aconteceu agora com a mesma naturalidade de outros que chegaram aqui. É uma oportunidade. São 4 jogos no fim de época, vai ser muito difícil para todos, selecionadores e jogadores. Época sobrecarregada, com muitos jogos. Alguns ainda vão ter jogos como o Patrício e o Jota. Vai obrigar a rotação clara nestes 4 jogos em 10 dias. Raramente aconteceu desde que estou aqui, à exceção de fases finais. Uma prova importantíssima, já vencemos e vai obrigar a gestão, daí o lote ser mais alargado. Não é dar minutos ao Joaquim, António ou o Manuel”, referiu.
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Fernando Santos falou ainda da chamada de David Carmo para abordar a renovação do eixo da defesa portuguesa.
“Renovação é natural. Percebo bem a pergunta, é uma discussão normal. Pepe e Fonte têm idade mais elevada, mas o critério é de qualidade e não da idade. Se continuam a ser os que me dão garantias, tudo bem. Já não falo dos jogadores que lancei, mas se pensarmos que 27 chegaram à Seleção e afirmaram-se, chegaram com 18 anos, como o Rúben Neves, termina em Danilo com 24 e ainda era do Marítimo. Chegaram naturalmente, mas não foi uma renovação natural? Foi, vai continuar a ser feita em todas as seleções e em todo o lado. Mas o critério principal é a qualidade. Temos de analisar os jogadores, ver e depois decidir os que vão estar presentes no Mundial, que será aqueles que nos derem mais garantias. Temos um objetivo claro. Vamos jogar para 11 milhões de portugueses, com o objetivo único de ganhar, agora e no Mundial. Na máxima força“, referiu.
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Sobre os embates para a Liga das Nações, Fernando Santos foi questionado sobre se esta competição teria uma importância extra antes do Mundial.
“É sempre importante, mesmo os particulares. Esta é uma das provas mais importantes do calendário europeu. Reúne as melhores seleções da Europa, temos 6 jogos nesta competição. Antes eram 4 agora são 6, mas entramos para competir e para ganhar. Eu e todos os meus colegas, se só vemos jogadores de vez em quando temos de aproveitar para consolidar ideias para o Mundial, onde só vamos ter 7 dias de trabalho. Praticamente não vamos ter treino. Vamos ficar aqui mais 2 ou 3 dias, depois a viagem para o Qatar. Há aqui uma série de factores que temos de trabalhar. Todos os selecionadores vão aproveitar para consolidar a ideia. Ninguém tem noção do que vai acontecer. Se esta conferência fosse há 3 semanas e perguntassem se o Rúben estaria aqui, diria que sim. Até novembro ninguém sabe o que vai acontecer. Temos de ir preparando o plano, que não pode ser fechado nem reduzido a 23 ou 24. Temos de preparar lote alargado para depois escolher, mas todos identificados. Maneira de estar, o grupo e os processo de jogo”, concluiu.
São portugueses OK