Diogo Luís, antigo defesa do Benfica e agora consultor financeiro e comentador desportivo, expressou a sua preocupação face ao atual estado financeiro da SAD do clube encarnado.
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Durante uma conversa com o jornal A Bola, Diogo Luís analisou em detalhe o Relatório e Contas da época 2023/24, que revelou um prejuízo de 31,4 milhões de euros, sublinhando que o cenário é preocupante e que pode colocar em risco o projeto desportivo do clube.
O consultor financeiro destacou que o passivo corrente do Benfica ronda os 209 milhões de euros, enquanto o ativo está nos 100 milhões.
“As dívidas do Benfica a um ano são o dobro do que vai receber, e isso causa uma enorme pressão. A solução passa, inevitavelmente, pela venda de jogadores“, referiu.
No entanto, Diogo Luís alerta que já não basta vender apenas um jogador ou garantir a receita da Liga dos Campeões. “Mesmo vendendo dois jogadores, é necessário escolher muito bem quem são. Por exemplo, João Neves e David Neres, sozinhos, não iam permitir ao Benfica um resultado positivo. Estes dois mais um Marcos Leonardo já poderão equilibrar“.
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O ex-jogador do Benfica criticou também a gestão financeira recente da SAD, apontando que, nos últimos três anos sob a presidência de Rui Costa, o clube registou dois saldos negativos. “Os custos estão descontrolados“, afirmou, destacando que, apesar de grandes vendas como as de João Félix, Enzo Fernández, Darwin Núñez e Gonçalo Ramos, a dívida líquida do Benfica aumentou exponencialmente. Entre a época 2019/20 e a presente, o passivo subiu de 92 milhões para 210 milhões de euros, o que Diogo Luís atribui a um investimento desmesurado no futebol profissional.
O Relatório e Contas da época 2023/24 foi apresentado no passado domingo e reflete uma situação financeira preocupante, com as dívidas a curto prazo a pressionarem o clube. O Benfica argumenta que as grandes movimentações no mercado de transferências, como as vendas de João Neves (PSG), David Neres (Napoli), Morato (Nottingham Forest) e Marcos Leonardo (Al Hilal), só se concretizaram após 30 de junho, o que teria permitido fechar o exercício em saldo positivo.
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Contudo, os números agora revelados apresentam um resultado negativo de 31,4 milhões de euros, sendo este o pior resultado desde 2021/22, quando o clube registou perdas de 35 milhões, já sob a presidência de Rui Costa, mas ainda a sofrer os efeitos da pandemia.
“Se não se tomarem medidas eficazes, o projeto desportivo do Benfica poderá estar em risco“, alertou Diogo Luís.
Esta situação financeira agrava a incerteza em torno do clube, que além de enfrentar dificuldades financeiras, passou por uma mudança recente de treinador, com Bruno Lage a substituir Roger Schmidt no comando da equipa.
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