Ángel Di María, jogador do Benfica, viu o Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) anular a multa de 510 euros que lhe foi aplicada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, devido a críticas ao árbitro Luís Godinho após o empate (2-2) contra o V. Guimarães, em fevereiro deste ano. As palavras de Di María, proferidas na flash interview após o jogo, foram inicialmente alvo de sanção, mas o tribunal decidiu que o jogador exerceu o seu direito à liberdade de expressão.
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Na entrevista, Di María queixou-se da atuação do árbitro, afirmando que “estamos a jogar contra todos”, em referência ao que considerou ser uma falta de imparcialidade na gestão do tempo de compensação. O jogador argentino comparou a sua situação com a de outros clubes, nomeadamente o FC Porto e o Sporting, que, segundo ele, beneficiam de tempos de compensação mais longos em circunstâncias semelhantes.
O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) havia previamente mantido a multa, mas o TCAS anulou a decisão, considerando que as declarações de Di María não ultrapassaram os limites do direito à crítica, sendo uma manifestação legítima do seu descontentamento. A decisão é vista como uma vitória para o jogador, que sempre defendeu que as suas palavras foram ditas num contexto de grande frustração, após um jogo complicado e disputado em condições difíceis.
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Este caso levanta novamente a questão da liberdade de expressão no futebol, especialmente quando se trata de figuras públicas como os jogadores. O acórdão do TCAS reforça a ideia de que as críticas, desde que feitas de forma ponderada, são uma parte natural do desporto.
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