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Conceição deixa reparo à tática de Martínez no Geórgia-Portugal

Sérgio Conceição a observar o Benfica-FC Porto na Supertaça.

Sérgio Conceição escreveu um artigo de opinião no diário desportivo Record, onde se pronunciou sobre a derrota de Portugal diante da Geórgia no fecho da fase de grupos do Euro 2024.

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O antigo treinador do FC Porto não vai na conversa de que se tratava de um jogo para cumprir calendário e não tem dúvidas de que todos os jogadores pretendiam a vitória. Ainda assim, Conceição chama a atenção para algumas lacunas que ficaram evidenciadas, destacando-se a circulação de bola lenta e a incapacidade para atrair os georgianos e atacar os espaços.

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O treinador apontou também à necessidade de haver uma maior equilíbrio para travar as transições adversárias

Veja abaixo a análise do antigo treinador do FC Porto.

“Muito foi dito sobre o nosso jogo contra a Geórgia, com o foco num resultado negativo que pode ter resfriado ânimos e aumentado ceticismo sobre a capacidade da nossa equipa.

O jogo, esse, era apenas para “cumprir calendário”, os jogadores já de olho no embate dos oitavos. Desenganem-se: a este nível, não há jogos a feijões. Há uma competitividade imensa, há vontade de ganhar, e uma energia muito própria aos torneios de topo que se jogam num curto espaço de tempo, como o Euro e Mundial.

Quem esteve em campo, e quem estava no banco, queria tanto ganhar este jogo como os dois anteriores. O calendário não é para cumprir, é uma oportunidade de ganhar, de mostrar serviço para os jogadores menos utilizados.

O importante não é resfriar o ânimo dos adeptos, mas sim encorajar a analisar lacunas camufladas por uma vitória por 3-0 na ronda anterior.

Tivemos muita posse, mas de forma demasiado previsível e lenta. A nossa circulação de bola deve ter um ritmo mais elevado, em certos momentos. Atrair à zona da bola os jogadores da Geórgia, para então explorar de forma mais vertical e incisiva o espaço que o adversário permitia. Temos toda a qualidade técnica para explorar esses espaços, mesmo que não fossem amplos.

Os nossos jogadores que fizeram vários movimentos interessantes, tinham também de ter sido mais assertivos a “pedir bola”.

O equilíbrio em posse é fundamental, até porque as transições rápidas são uma arma das equipas que jogam em bloco baixo. Ter como prioridade uma reação à perda de bola eficaz, e uma transição ataque-defesa rápida e forte evita que a equipa fique exposta em alguns momentos que poderiam ter resultado em mais golos do adversário.

Quando atacamos bem, ocupando bem os espaços, sendo inteligentes na circulação, estamos preparados para mais rapidamente defender bem.

Por estes fatores apenas, e por toda a análise que Roberto Martinez e a sua equipa terão feito ao jogo, podemos dizer que serviu para tudo menos “trocar” feijões. Certamente a lição estará estudada, e estaremos melhor contra a Eslovénia!”, escreveu.

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