Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Barcelona, Sérgio Conceição foi questionado sobre o estado anímico de Fábio Cardoso, depois da expulsão na derrota com o Benfica.
“Em relação ao Fábio Cardoso, não há [trabalho psicológico]. Há um estado anímico não muito bom no momento em que é expulso, mas no dia a seguir temos de começar a preparar o próximo, não há tempo para chorar ou para se lamentar de alguma coisa que aconteceu no último jogo. Se se lamenta é porque terá sido injusto com certeza“, atirou.
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O técnico azul e branco explicou as principais características dos espanhóis, mas não tem dúvidas de que o FC Porto conseguirá explorar eventuais fragilidades.
“Penso que é a equipa com mais posse de bola em Espanha, num campeonato onde muitas privilegiam essa situação de jogo. Utilizam muito bem a profundidade, são bastante perigosos. Como dizia o Eustáquio, são muito largos no campo e criam dificuldades ao adversário. Se esticamos, vão encontrar espaço por dentro. Temos de ter algumas cautelas, naquilo que é o nosso processo defensivo. Olhamos também para os outros clubes com os quais jogamos nas provas internas e é exatamente o mesmo trabalho de observação e treino que fazemos. Depois, têm individualidades que podem resolver de um momento para o outro. Estão há alguns jogos sem sofrer golos, mas sabemos das fragilidades deles, todas as equipas as têm. Tem muito a ver com a nossa consistência defensiva e depois aproveitar algumas fragilidades do adversário”, afirmou.
O treinador dos dragões deixou ainda palavras elogiosas para João Cancelo e João Félix e abordou a situação de Nico González no clube.
“Cancelo e Félix? São dois internacionais portugueses, com muita qualidade, assim como vejo a maior parte dos jogadores do Barcelona, que têm uma qualidade individual acima da média. Até o mais jovem, com 16 anos, é muito conhecido. Enfim, é uma equipa cheia de qualidade. Félix e Cancelo foram acrescentar ao Barcelona, nas posições que acho que o Barcelona precisava. Em relação ao Nico, já jogou, está bem de saúde e pronto para dar o seu contributo. Está num processo de adaptação e evolução, tal como os outros jovens que chegam a este clube e precisam de ‘dar à pierna’ para se afirmarem“, referiu.
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Conceição foi confrontado com o facto de o Barcelona ser uma equipa bastante concretizadora, perante o registo defensivo do FC Porto, que esta época tem sido mais permeável que o habitual.
“É a eficácia. É verdade. Mas tem a ver com a qualidade que existe e que referi há bocado. Na forma como atacam, com os jogadores que normalmente pisam o setor mais avançado do campo, são jogadores de muitíssima qualidade. Tanto chegam de uma forma mais rápida à baliza como, por vezes, o fazem de forma mais apoiada. Temos de estar precavidos para isto e sermos consistentes e fortes defensivamente. Temos de perceber os movimentos do Ferrán Torres, do Félix, se o Cancelo joga mais por dentro e o outro lateral muito mais projetado… Temos de perceber que terrenos gostam de pisar e limitar isso para que não sejamos uma equipa como tem acontecido a outras, que sofrem muito. É bom sofrer, mas não sofrer golos. Sofrer durante o jogo faz parte, esperamos é que isso se traduza em guardar a nossa baliza. De outra forma, temos de aproveitar algumas das fragilidades do Barcelona. Entendemos que, pela equipa que somos e pela forma como jogamos e abordamos estes jogos, há pormenores que são importantes. Temos de estar à altura. Vamos sofrer com o Barcelona, mas o Barcelona também vai sofrer com o FC Porto“, disse.
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Conceição foi ainda questionado sobre a capacidade de o FC Porto se tornar num pesadelo para o Barcelona no Dragão.
“Tal como os jogadores e como as pessoas, sou apaixonado pelo que faço e a tendência é evoluir, aprender com o que fazemos bem e menos bem. São jogos diferentes. Lembro-me dos jogos com o Liverpool, são equipas com caraterísticas diferentes, jogos diferentes e com jogadores diferentes. Vamos olhar para o jogo a pensar que devemos e podemos ganhar o jogo, isso é que é importante. Percebendo que do outro lado, o respeito que temos pelo nosso rival não nos tem de dar receio por aquilo que é o jogo. Depois, dentro do plano, perceber e olhar bem para o adversário e olhar muitíssimo bem para a nossa. Eustáquio falou do Pepe e do Marcano, nesta prova é importante essa experiência, mas como ele dizia e bem, não estão e estarão outros. Esse passo em frente tem a ver exatamente com isso. Cada jogador tem de assumir a responsabilidade independentemente da idade. Depois, no final do jogo, estará sempre uma pessoa a dar a cara por aquilo que é feito, o grupo de trabalho sou eu que represento. Desde que cada um deles faça o seu trabalho, não há problema nenhum. Independentemente da idade, é bom que estejam preparados para estes palcos, caso contrário não podem representar um clube como o FC Porto”, concluiu.
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