Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Tondela, Rúben Amorim começou por chamar à atenção para as dificuldades que os beirões irão colocar aos leões.
“Espero o normal de uma equipa que luta pela sobrevivência, com jogadores talentosos, que se apresenta num 5x4x1, o que nos tira muito espaço para o nosso jogo. Teremos de ser criativos, móveis e agressivos na forma como vamos atacar o espaço. É uma equipa que, na última jornada, jogou sem avançado na frente, com muita mobilidade, muito fortes a sair a combinar. São muito perigosos. Estão muito motivados, porque ganharam na última jornada, não têm pressão, daí prever um jogo difícil. Mas temos de ganhar e, principalmente, jogar melhor do que na semana passada”, afirmou.
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O técnico leonino procurou também explicar as mudanças que se verificam no Tondela, após a chegada do novo treinador Nuno Campos.
“O treinador português tem caraterísticas específicas. Conhece muito bem o campeonato. Quanto a mim, o Pako [Ayestarán] fez um campeonato excelente, juntou miúdos muito talentosos e tinham uma boa forma de jogar. Agora, mantêm essa forma, mas um treinador português adapta-se melhor àquilo que o jogo pede. Prevejo essas dificuldades, esse conhecimento é uma vantagem em todos os campeonatos. Estou satisfeito com o trabalho que o Pako fez com o Quaresma. Estamos em contacto e quero agradecer-lhe essa parte. A grande diferença é um conhecimento mais profundo daquilo que é o Sporting. O Tondela joga até com coisas específicas. Vai ser um jogo muito difícil, com poucos espaços, e temos de ser agressivos”, referiu.
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Amorim foi ainda questionado sobre o propalado interesse do Sporting em Hidemasa Morita, mas evitou alongar-se no assunto.
“Como todos os jogadores, vamos só falar do mercado quando estivermos nessa fase. O foco é no jogo com o Tondela. Estou muito satisfeito com os médios que temos. Obviamente, estamos a preparar para a próxima época. Pelas nossas condições e pela nossa realidade, temos de precaver-nos de todas as situações que possam acontecer no mercado, que é o que estamos a fazer”, disse.
Ainda sobre o mercado, o treinador dos verde e brancos foi questionado sobre a possibilidade de Pablo Sarabia continuar no Sporting, para além do ano empréstimo do PSG.
“É uma realidade muito clara para nós. O presidente transmite ao Viana, e o Viana transmite ao treinador, que temos um patamar que não vamos ultrapassar por ninguém. Já aconteceu no ano passado, com o João Mário. Isso é muito claro. Não temos essa abertura, porque é um risco que não se cruza. Não sei o dia de amanhã, mas a nossa realidade é muito diferente da dos maiores clubes da Europa. Vejo com muita dificuldade. Vamos aproveitá-lo ao máximo, e, se acontecer alguma coisa, acontecerá”, frisou.
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No entanto, Amorim não tem dúvidas de que o espanhol foi uma grande contratação para o Sporting, mas não a melhor desde que chegou ao clube.
“Adaptou-se bem a uma realidade completamente diferente e a um espírito de equipa completamente diferente, onde a equipa é o centro de tudo. Tem uns números fantásticos, cresceu muito tática e defensivamente, e vejo com agrado ter um jogador desse calibre, com uma humildade forte e grande de se adaptar a um estilo completamente diferente, mas não diria que é a melhor contratação. Vejo o Pote, o Nuno Santos, o Ugarte a jogar… todos cresceram muito, deram contribuição muito grande. O próprio Tabata, Matheus Reis, que veio a custo zero. Não gosto de enumerar mas meto todos no mesmo patamar. Podem dar um grande retorno ao clube, meto todos no mesmo patamar. A realidade do Pablo é muito clara para nós. Temos um patamar que não vamos ultrapassar por ninguém, já aconteceu com o João Mário. Não sei o dia de amanhã mas sabemos a realidade do futebol, e a nossa é muito diferente dos grandes clubes de futebol. O que acontecer, acontecerá, sem qualquer tipo de stress. Se for preciso arranjar outras soluções, é o que vamos fazer. Muito satisfeito por ter mais uns jogos para usufruir do talento do Pablo“, concluiu.
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