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Amorim aborda ciclo negativo e os erros de Adán esta época

Rúben Amorim em conferência de imprensa de antevisão a um jogo da Liga dos Campeões do Sporting

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Chaves, Rúben Amorim abordou novamente o ciclo negativo que o Sporting está a passar, depois da derrota no clássico com o FC Porto e o empate desolador na Liga Europa diante do Midtjylland.

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O técnico leonino considera tratar-se de uma fase que todas as equipas têm de passar.

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“Há fases assim no futebol. O que temos de fazer é jogar bem. A verdade é que houve fases em que não ganhámos, não completámos um ciclo de cinco vitórias… Com o FC Porto jogámos bem. Há muita coisa para agarrar nesse jogo, olhar para a parte tática e técnica e melhorar. Estas semanas são boas, podemos ganhar três jogos numa semana e entrar numa boa sequência. Todas as equipas passam por este ciclo, temos de voltar à nossa forma de jogar para sermos melhores do que fomos na quinta-feira. Temos de voltar a ter os nossos comportamentos e a não ter a ansiedade que tivemos”, afirmou.

Um dos aspetos a melhorar é ao nível da finalização, uma vez que os leões mostram grandes dificuldades para marcar golos.

“Podemos melhorar em todos os aspetos, mas quando estamos a falar disso, o resto acho que é bem feito. Se aparecemos em zonas de finalização e temos oportunidades… o que falta é a concretização. Tivemos fases em que marcávamos cinco, seis golos num jogo. Isso são fases. Vivemos de golos, de vitórias, e temos sofrido muitos golos e marcado poucos. O jogo frente ao Chaves em casa foi o reflexo disso. Nesse jogo sofremos um golo, fomos ao meio-campo, houve uma transição e sofremos outro. Isso também aconteceu com o Midtjylland. Não têm oportunidades de golo, e depois de marcarem nós entramos ainda mais em ansiedade… É melhorar a concretização e manter a nossa identidade. O jogo tem 90 minutos e nós só precisamos de 10 segundos para chegar à baliza e fazer golo. Obviamente que, estando em 4.º lugar, há muito a melhorar. Os adversários, a partir do momento em que fazemos golos e ficamos confiantes, abrem a defesa e fica tudo diferente. Às vezes temos de jogar de forma mais simples, e foi isso que treinámos esta semana. Diria que há muita coisa a ser bem feita, criamos mais oportunidades do que nos outros anos, mas temos de melhorar em certos detalhes. Temos de controlar o jogo nos 90 minutos, tínhamos de o fazer contra o Midtjylland. Há o aspeto da concretização obviamente, e depois temos de melhorar nos detalhes“, referiu.

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Amorim desvaloriza também o menor número de espetadores que se tem registado em Alvalade.

Fomos campeões sem adeptos. Isso é o reflexo da nossa época, temos de assumir a responsabilidade, e isso é escolha deles. Houve jogos que foram a horas tardias, temos de olhar para o contexto. Sempre tivemos o apoio dos sportinguistas, estamos em 4.º lugar e temos de assumir isso. É fazer o nosso papel e eles voltarão. Não podemos ser ingénuos e pensar que, não conseguindo vencer Taça da Liga e tendo saído da Taça de Portugal… Temos de ser realistas, vejo isso com normalidade“, disse.

O treinador do Sporting voltou a abordar o erro que Adán cometeu diante do Midtjylland, garantindo que a confiança no guarda-redes espanhol mantém-se intacta.

Em relação a Adán… O que fizemos foi uma avaliação de quantas vezes ele teve a bola nos pés e de quantas boas decisões tomou. Obviamente que isto conta pouco quando ele erra. O Adán tem errado aqui ou ali durante esta época e tem muita visibilidade. Quantas vezes acertou? Que boas decisões tomou? Sinto o Adán confiante. O Vital falou com ele e disse que estava tudo bem. E quando está tudo bem… Mantemos a confiança nele“, assegurou.

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Por último Amorim foi questionado sobre as opções que tem para o meio-campo.

Em relação ao Pote já fizemos essas contas. O Dário estava a jogar bastante e depois lesionou-se. O Tanlongo precisa de tempo para se adaptar, e foi por aí que não fizemos isso. Morita chega muito à área e Pote joga bem entre linhas, tenho dificuldade em imaginar o Ugarte nessa situação. Devido ao posicionamento, é difícil imaginar o Ugarte passar a jogar de costas para a baliza. O Pote faz-nos muita falta quando precisamos de marcar golos. Falta-nos um bocadinho de agressividade. O Pote é o jogador que tem chegado sempre à área. O que tenho aprendido é que consigo sobreviver a estas fases. É gerível. A verdade é que vamos evoluindo com estes momentos. Tivemos fases onde ganhávamos e deixávamos passar algumas coisas… Isto faz-nos pensar, o que temos de mudar, como planeamos a próxima época, as alterações ao sistema… Tenho a certeza que isto nos vai dar muito jeito no futuro, mas também custa muito. Os jogadores que ganharam o campeonato aqui, muitos já não estão cá. Tenho a certeza que Palhinha, Matheus Nunes e Nuno Mendes poderiam gerir isto de outra forma e se calhar não tínhamos estes problemas. Vamos crescer com estas fases, e a verdade é que é gerível. Tenho a certeza que eu vou ser melhor treinador e a equipa vai ser melhor”, concluiu.

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