Apesar das muitas desconfianças que gerou aquando da sua chegada ao Benfica, Roger Schmidt acabou por conquistar todos os adeptos.
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O técnico alemão vinha com a fama de implementar um futebol ofensivo e não está a desiludir. Os números mostram que o Benfica é uma máquina de fazer golos. Em 22 jogos disputados até ao momento, as águias marcaram 58 golos e concederam apenas 15.
Quem o conhece bem não se mostra propriamente surpreendido, como é o caso de Jonathan Soriano, antigo avançado espanhol que foi pupilo de Schmidt no Salzburgo e no Beijing.
“Eu sabia que indo para um grande de Portugal ia triunfar. Tem um estilo diferente do tradicional. É de ideias fixas: quer ser protagonista, agressivo, ofensivo. Independentemente do rival, quer sempre ir para cima. Conseguir marcar seis golos fora de casa na Liga dos Campeões é muito complicado”, afirmou em entrevista ao diário desportivo espanhol Marca.
Soriano revela também a regra da qual Schmidt não abdica e que explica a veia goleadora deste Benfica.
“Tenta ser agressivo na pressão. Quanto mais perto da baliza contrária recuperares a bola, mais perto estás de marcar. Tem uma regra não escrita: quando a equipa ganha a bola, tem de chegar à área contrária em menos de 10 segundos. Treinávamos muito isso. Até tínhamos uns megacronómetros que nos indicavam o tempo que demorávamos em cada ataque“, referiu.
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No entanto, o espanhol revela que adaptar-se às ideias do técnico encarnado não é tarefa fácil.
“A intensidade não se negoceia. Com Schmidt não existem ataques passivos nem treinos tranquilos. A mim, ao início, custou-me adaptar. De segunda a sexta-feira era intensidade pura e dura. A intenção é superar linhas muito rápido. O objetivo é fazer jogadas em quatro ou cinco passes“, concluiu.