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“Tenho 5 filhos, jogam no jardim e já me dão um trabalho dos diabos” (Vídeo)

Sérgio Conceição em antevisão de um jogo do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao FC Porto-Belenenses SAD, Sérgio Conceição lembrou as dificuldades financeiras que o clube atravessa e que por vezes não consegue dar os jogadores de maior qualidade.

“Agradeço os elogios do presidente, são sinónimo de responsabilidade. A partir de 2017, quando me convidou para reerguer o clube numa situação muito difícil do ponto de vista financeiro. Como sabem, têm saído jogadores. Se fosse olhar à equipa do primeiro ano e a de amanhã é muito pouco igual. Mesmo de nomes, de qualidade individual, que tem decrescido. No futebol nacional tem acontecido isso, porque em termos financeiros fica difícil”, referiu.

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Contudo o técnico azul e branco assegura que a exigência é a mesma.

“Mas sei de uma coisa: a exigência continua máxima. Fomos a única equipa que ganhou ao campeão da Europa, com uma grande frustração de que a nossa vitória não tenha permitido passar, pois acho que merecíamos. A exigência é a mesma e infelizmente a situação financeira também. Mas temos de ver as coisas de forma positiva. Perceber que essa exigência só faz bem e faz parte do ADN que é o FC Porto e eu sinto-me como peixe na água nesse sentido. A pressão de ganhar, independentemente dos jogadores que tenhamos à frente, eu tenho um grupo muito capaz e muito disponível para as ideias da equipa técnica. Isso deixa-me à vontade. Não estou a dizer que as equipas com mais e melhores individualidades ganham normalmente, sei que já trabalhei com grandes jogadores que não foi possível segurar, pois o mercado é mesmo assim”, afirmou.

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Sobre a possibilidade de o FC Porto ir ao mercado em busca de reforços, Conceição foi claro quanto à sua posição.

Eu não sou diretor financeiro, sei que o clube atravessa uma situação muito difícil, não sei se há capacidade. Vejo muitas vezes escrito ‘Sérgio, tens de ir buscar um lateral’. Ou um avançado, ou um médio. Eu não tenho de ir buscar ninguém. Eu já tenho cinco filhos, jogam no jardim e já me dão um trabalho dos diabos. Os jogadores não são para mim, não são para jogar no meu quintal, são para o FC Porto, não sou eu que os compro. Posso dar uma opinião técnica, mas depois há todo um desenvolvimento, as negociações, em que eu já não estou”, concluiu.

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