O Benfica entrou a todo o gás na reta final da I Liga com uma vitória expressiva por 3-0 frente ao Gil Vicente, em pleno Estádio Cidade de Barcelos, colando-se ao Sporting no topo da classificação.
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No final do encontro, Bruno Lage não poupou elogios aos seus jogadores, sublinhando a união do grupo e a consistência exibicional das águias.
“É um resultado justo. Foi uma entrada boa, controlámos o jogo, criámos várias oportunidades e penso que o resultado nos fica muito bem. Sabíamos da importância do jogo, de começar bem o ciclo pós-interrupção para as seleções, entrar com uma boa exibição e um bom resultado. E foi mais uma final que ultrapassámos”, começou por dizer o técnico encarnado, em declarações à Sport TV.
Confiança e espírito de grupo
Lage destacou a crescente consistência da equipa, fruto do trabalho realizado durante a pausa para compromissos internacionais.
“Tínhamos de encontrar esta consistência, que tinha de vir com tempo de treino, repetições, dinâmicas. E depois é aquilo a que assisti hoje. Falámos ontem sobre isso. Fomos equipa, fomos família, fomos tropa. Dentro e fora de campo. Foi um apoio fantástico e permitiu à equipa estar sempre tranquila e criar oportunidades”.
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Estratégia e talento
Sobre as escolhas para o onze, o treinador explicou a opção de apostar nos jogadores que ficaram no Seixal durante a pausa, destacando a boa resposta de todos, com particular atenção à forma como a equipa interpretou o jogo.
“Optámos por jogar com os que permaneceram connosco, porque fizeram duas semanas de treino muito boas. Bruma, Belotti e Amdouni estiveram muito bem, e o meio-campo tem sido o habitual. O Gil Vicente é uma equipa interessante, joga em sistemas diferentes a defender e atacar, e nós tínhamos de perceber bem esse posicionamento para depois criar as oportunidades. O primeiro golo nasce do lado estratégico e, claro, do talento dos jogadores.”
Otamendi é “o capitão, não o general”
Confrontado com a expressão que tem utilizado – “tropa” –, Bruno Lage falou de Otamendi como o símbolo do espírito de sacrifício e liderança do grupo:
“É o capitão, general não. Está num momento muito bom e é um exemplo. Com 37 anos, a forma como treina, se prepara, e depois joga. Temos de nos agarrar a isso. Sentimos que estamos muito fortes, unidos. Toda a gente está”.
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Tomás Araújo em dúvida
A única nota negativa foi a saída forçada de Tomás Araújo. Apesar do alarme, Bruno Lage tranquilizou os adeptos:
“Temos de dar continuidade à recuperação do Tomás. Não é nada de grave, mas temos de ter alguns cuidados”.
O calendário e o foco até ao fim
O treinador do Benfica mostrou-se satisfeito por finalmente ter o calendário da equipa regularizado, após semanas com jogos em atraso:
“Nunca é bom ter jogos em atraso porque olhamos para a tabela e vemos a diferença de pontos. O mais importante é que a equipa soube sempre dar resposta. Chegámos a entrar em campo a 11 pontos do adversário e a equipa entrou sempre calma”.
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Com o campeonato ao rubro, Bruno Lage reforça o espírito de compromisso e de “guerra” que pretende levar até à última jornada:
“Vão ser várias finais e temos de ter esta mentalidade”.